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30/09/2010 - 02h30

Eleições, Bienal, maconha, Censo, Naif

DE SÃO PAULO

Eleições

A senhora vice-procuradora-geral eleitoral ("Entrevista da 2ª", 27/9) está mais uma vez equivocada, a meu ver. Não há como separar da figura do chefe de um governo a sua posição partidária, a configurar uma grotesca dualidade de dr. Jeckil e mister Hide político.
Em qualquer país do mundo, o presidente ou chefe de governo obviamente tem o interesse de ver eleito para o mandato seguinte alguém de seu próprio partido. Isso sempre aconteceu em toda parte, inclusive no Brasil; não sei por que só agora se lembram de alardear com trombone a situação. É óbvio que todo chefe de governo faz campanha, implícita ou explícita, para fazer o seu sucessor. O alarido que se faz em torno disso não passa de hipocrisia, e a própria legislação eleitoral é hipócrita ao estabelecer parâmetros por demais estreitos para as campanhas eleitorais.

JOARISTAVO DANTAS DE OLIVEIRA (São Carlos, SP)

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Gostaria de registrar meus cumprimentos ao colunista desta Folha Luiz Fernando Vianna pelo artigo "Tiririca é o show da vida". Ele foi muito feliz em definir a nociva participação da TV aberta como ninho gerador de personagens ridículos que contaminam milhares de eleitores. Além de apresentadores e programas citados, esqueceu de incluir os tiriricas denominados "pastores e bispos evangélicos", que, como os políticos, para alcançarem o poder e alavancar mais dízimos, prometem "milagres" absurdos.
É inacreditável que em pleno século 21 o diabo tenha sido reinventado.

GERALDO FERNANDES (Araraquara, SP)

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A manchete da Folha de ontem informa que Dilma faz apelo à militância para não perder parte de seus mais de 50% de votos válidos apurados pelo Datafolha. Convenhamos, é situação bastante diversa da que previam alguns analistas e colunistas nesse jornal há cerca de um ano.
Naquela época, discutia-se se Lula transferiria ou não parte de seu prestígio, se Dilma teria cacife para ao menos chegar ao segundo turno, se teria condições de conseguir os poucos mais de 30% que sempre votam no PT, se conseguiria empolgar os petistas históricos etc.
Se os iluminados comentaristas tivessem acertado, talvez agora estivéssemos vendo a candidata petista fazendo apelo somente para não ser um fiasco nessas eleições.

SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP)

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Nunca antes na minha vida pensei que algum dia deixaria de votar em Patrus Ananias para fazê-lo em um político tão pouco conhecido como ainda é Anastasia, nem que daria meu voto a Itamar Franco, em vez de dá-lo a Pimentel. Vou fazer isso agora, no dia 3, plenamente convicta de que precisamos formar uma oposição forte a essa candidata caricata que é Dilma Rousseff e aos radicais do PT. Mais convicta fiquei ao ler o artigo de Hélio e de Patrus, generalizado e vago, no qual não consegui identificar nenhuma proposta concreta e merecedora de crédito.

CONCEIÇÃO A. ARAÚJO OLIVEIRA (Belo Horizonte, MG)

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Quando é que o jornal vai informar qual era o "boletim" de Serra e se ele era bom em "capitalismo"; entrevistar o espião de Serra durante a ditadura; contar sobre a "lojinha 1,99" do Serra; entrevistar alguém que demitiu Serra; listar as nomeações políticas no governo e estatais paulistas?

FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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Assistindo ao horário eleitoral gratuito deparo com a figura do Tiririca e me pergunto. Será que ele é um exemplo das vantagens da democracia? Qualquer cidadão, independentemente da sua condição social, e por mais despreparado que seja, pode se candidatar. Ele tem ficha limpa, é um cidadão, portanto, tem os pré-requisitos necessários para se candidatar. Entretanto, cabe à sociedade, que deveria ser esclarecida, votar em um bom projeto de governo, e não em uma pessoa que, simplesmente por ser engraçada, simpática e até excêntrica, merece o aval dos eleitores para governar.

SANDRO CUNHA DOS SANTOS, professor de história (Ribeirão Preto, SP)

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Bienal

Antes de falar sobre o assunto, preferi ir pessoalmente à Bienal para ver com meus próprios olhos até onde vai o empobrecimento da alma humana. E me arrependi, pois jamais voltarei ao parque do Ibirapuera sem me lembrar da deprimente cena que presenciei. Fui ferido no peito ao ver dentro do parque do Ibirapuera (administrado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente), uma "instalação de arte" (feita por um sujeito considerado artista) na qual três urubus que mal se mexem mostram ao indiferente público até onde vai o ego e a falta de ética do ser humano, que, ao custo da crueldade com animais, faz de tudo para aparecer na mídia.
No meio de algumas poucas pessoas, que assim como eu questionavam-se como surge e quem banca espetáculo tão detestável, oriundo justamente de setores da sociedade de onde menos se espera algo desse nível (os mais abastados), um monitor da Bienal repetia quase mecanicamente que a tal "obra" é polêmica. Depois de alguns minutos, o mesmo monitor convenceu-se de que é uma polêmica retrógrada, atrasada e que a única coisa capaz de provocar é a ira de quem assiste a crueldade com os animais e mais nada. Diante de tal show de horror, o monitor foi-se calando, se calando... até perder suas forças para lutar contra o óbvio, e assim pareceu convencer-se de que estava diante de um obra sim, mas uma obra de horror.
Lembremos que tal show de horror está acontecendo na mesma cidade onde são proibidas apresentações circenses com animais. Mas parece que lá na Bienal, onde está a "elite cultural da sociedade", "os vanguardistas", a tal lei ainda não chegou. Agora pergunto eu na minha santa ignorância: Qual é a autoridade que deve fiscalizar esse crime de maus-tratos aos animais? Na minha santa ignorância de não-vanguardista e de simples cidadão (graças a Deus), sinceramente não sei a quem reclamar.
A cena deplorável dos urubus presos naquela engenhoca horrorosa ficará marcada em mim.

LUIZ FERRONI JUNIOR, professor (São Paulo, SP)

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Maconha

Maconha faz mal, vicia e gera violência. E os que têm interesse em sua liberação ou são um pequeno grupelho de burguesinhos egoístas e idiotas que só desejam ter o seu "barato" consentido ou os traficantes, gananciosos por lucro e ávidos por novos "clientes", ao arrepio dos dramas que sua "mercadoria" causa no meio social ao lucrarem milhões com o veneno que comercializam!
Para os traficantes, simplesmente cadeia e "trancadura", mas os defensores metidos a "liberais-liberalizantes" da maconha (entre outras drogas), convido-os a visitarem um centro para dependentes químicos e ouvirem os seus relatos e de seus familiare. Cada qual tem sua tragédia pessoal. Aí constatarão a bobagem que dizem defender. Passou da hora de as vítimas também serem ouvida neste "debate".

PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

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Censo

"Muito bom o texto de Ruy Castro "Inexistente estatístico" (Opinião, 29/9). Há muito tempo que o Censo é feito de maneira superficial e quase sem agregar valor, ou seja, os recenseadores só perguntam o que realmente interessa para o sistema político, nunca vão a fundo nas pesquisas. Seria um desastre para a estrutura política a divulgação das necessidade da população, que tinham que ser reveladas através do Censo, mas infelizmente é uma ferramenta que o governo tem em mãos e usa para fazer o jogo político."

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

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Naif

Reitero comentário da consultora Suzana Padovano, no "Painel do Leitor", sobre a ampla divulgação da Bienal de Arte de São Paulo e suas polêmicas. Ressalto que está aberta em Piracicaba, até dezembro, no Sesc, a Bienal Naif, com mais de uma centena de obras multicoloridas, retratando o nosso Brasil e seus costumes, através de uma arte ingênua e descontraída. Não vi nem uma linha sobre esse evento na grande mídia.

SÍLVIA HELENA BASTELLI GAGLIARDO, professora aposentada (Americana, SP)

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Ônibus

Acabei de ler a notícia de que haverá aumento da tarifa. Já é um absurdo pagar R$ 2,70 por um transporte deficiente e inseguro e eles ainda têm coragem de falar em aumento? Acham que quem pega ônibus tem árvore que brota dinheiro em casa para pagar tanto por um serviço tão ineficiente? Muitos atrasos, ônibus lotados, operadores maleducados. O aumento da tarifa e o transporte de má qualidade só aumentará o número de veículos na rua.

ROSANA SILVA (São Paulo, SP)

 
 

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