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Poderes, democracia, Líbia, eletrochoque
DE SÃO PAULO
Poderes
Se o Poder Executivo decidiu governar por decreto, e mostra força para isso, sugiro que extinga de vez o Poder Legislativo. Faríamos uma bela economia e o salário mínimo, por exemplo, certamente poderia atingir a níveis decentes.
GERALDO SIFFERT JUNIOR (Rio Janeiro, RJ)
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Despachante do Executivo e Casa Homologatória são os nomes que alguns deputados e senadores encontraram para definir o novo Congresso Nacional durante a votação do novo salário mínimo. A pergunta que não quer calar: se a presidente Dilma Rousseff fechá-lo por decreto e colocar para despachar ou homologar um ministro do STF, para onde irá a turma do quero mais?
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
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A oposição diz que vai tentar, no STF, invalidar os reajustes do salário mínimo por decreto do Planalto e voltar a decisão para o Congresso. Para que sobrecarregar o STF? As duas formas são exatamente iguais, como mostra a subserviência das casas homologatórias, digo, legislativas. Por que não reduzem os abusivos encargos sobre salários? O funcionário recebe só a metade do que o empregador paga, o que leva à informalidade. O imposto de renda será reajustado só em 4,5%, desconsiderando a inflação --mas a devolução do pagamento leva anos, sem multas à Receita.
MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)
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Democracia
Não tenho dúvidas de que a democracia é o melhor (ou menos pior) regime político para qualquer nação. A existência de poderes independentes assegura a tranquilidade de uma nação e permite seu desenvolvimento econômico, social e institucional. O fato de termos elegido três presidentes (FHC, Lula e Dilma) que lutaram contra um regime ditatorial e foram perseguidos por ele mostra nossa evolução.
Mas pergunto: o que o Congresso brasileiro fez de bom para o país e para a nossa sociedade? Hoje, o que temos é um Congresso que se parece muito mais com uma organização criminosa, que permanece impune graças a um Poder Judiciário comandado pelo Senado.
Precisamos desse Congresso?
ANDRÉ COUTINHO (Campinas, SP)
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Líbia
O grande responsável pela crise nos países africanos e no Oriente Médio é dos Estados Unidos. Os EUA se aliaram aos líderes desses países e apoiaram toda a prática ruim, incluindo a perpetuação no poder, sempre de olho no petróleo. E quem pensa que os americanos estão fazendo autocrítica se enganam. Os americanos querem mais, além de manter o controle nesses países em convulsão, querem derrubar seus desafetos na região principalmente na Líbia e no Irã. E a grande mídia tenta passar a imagem dos EUA na região como o paladino da democracia. Depois, o governo americano e seus aliados se queixam do ódio "incompreensível" dos muçulmanos!
EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)
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A desesperada tentativa do ditador líbio de se manter no poder, praticando genocídio contra seu povo é lamentavelmente comum entre os tiranos, mas quase sempre inútil. Na atual situação do Oriente Médio, o chamado efeito dominó nos regimes autoritários da região está se concretizando. Os resultados macroeconômicos de tais tormentas entre os maiores produtores de petróleo do mundo são ainda pouco conhecidos, competindo a nós tomarmos providências acautelatórias para diminuir os efeitos de tal atual realidade.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)
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Eletrochoque
Sou psiquiatra e trabalho no hospital onde se realiza a eletroconvulsoterapia (ECT) em regime ambulatorial, alvo de críticas de um paciente na reportagem do último domingo, dia 20. Surpreendo-me ao ver a parcialidade e a superficialidade com as quais foi tratado o assunto pela Folha, jornal que alega mostrar sempre uma visão ponderada de qualquer tema. A forma como a reportagem foi escrita apenas colabora para piorar a compreensão do que é, para que serve e em que casos o tratamento é indicado, aumentando o estigma e desestimulando milhares de pacientes em sofrimento mental que podem se beneficiar deste valioso tratamento -- tanto no SUS quanto na medicina complementar.
A ECT é o tratamento psiquiátrico comprovadamente eficaz mais antigo que existe, tendo surgido nos anos 30, antes mesmo do advento do primeiro psicofármaco, nos anos 50. Durante muitos anos, permaneceu como o único tratamento para toda uma gama de casos psiquiátricos graves, numa época em que a ciência médica ainda era precária, o que explica em parte como ela foi usada de forma indiscriminada e com uma série de consequências nefastas a muitos dos que se submeteram a ela.
Nos dias de hoje, entretanto, o procedimento é realizado com segurança, sob anestesia e com consentimento informado por escrito, assinado pelo paciente e por um familiar responsável, onde são descritos os passos do tratamento e os possíveis efeitos colaterais, tais como amnésia anterógrada reversível, o efeito adverso mais comum, que acomete a memória um pouco antes e a partir do início do tratamento.
Sendo assim, a descrição de um caso isolado, descontextualizado de sua própria evolução e sem um contraponto com o relato de outros pacientes que se beneficiaram do procedimento com um número menor (ou igual) de sessões e com um desfecho mais favorável -- o que é mais regra que exceção - presta um desserviço à boa prática psiquiátrica na atualidade e não contribui para uma discussão apropriada do tema.
RAFAEL JACQUES COSENZA (Belo Horizonte, MG)
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