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Palocci, Código Florestal, Copa-2014 e Miséria
DE SÃO PAULO
Palocci
Homem inteligente, o ministro Palocci deu explicações até plausíveis para a chamada "Síndrome do Enriquecimento Espontâneo". Embora distante da ética, pareceu perfeitamente amparado por lei. É exatamente aí que o imbróglio ganha contornos ainda mais danosos para a sociedade, pois peca-se com postura ilibada e bolsos cheios, e ninguém, nem mesmo a moralidade, resiste às brechas da Constituição. Seria de má-fé pressupor, por exemplo, que o conceito de legalidade não atinja diretamente aquele que legisla? Em que ponto imiscuem-se o público e o privado? Em casos assim, fica difícil que a boa-fé, citada por Palocci, aceite a inexistência do tráfico de influência, visto que o trânsito de informações privilegiadas não se dissocia tão ingenuamente de um ser político.
À população, resta a certeza de estar sendo enganada dentro da maior legalidade, e a desesperança de ver que jamais teremos punições exemplares para os ditos "iguais", mas que vivem resguardados no poder.
RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ)
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Antonio Palocci mostrou à nação que, do alto de sua fecunda inteligência e de sua profunda arrogância, fortalecidas pelo fato de ter um curso superior e ser "amigo do rei", poderia fazer o que fez com o poder. Suas transgressões já começaram quando prefeito de Ribeirão Preto e o resto o Brasil já conhece de sobra.
O mais triste é que o país gastou dinheiro público para dar um diploma de médico para tal cidadão, que provavelmente tratou poucos pacientes. Antonio Palocci é daquelas pessoas que usam os poderes que lhe foram concedidos não para servir o coletivo, mas sim para se servir deles. Já passou da hora de tal personagem deixar o governo.
Quem sabe ele tenha uma crise de consciência e passe a dar consultoria para nos ensinar como fazer para que o SUS nos dê melhores condições de trabalho. De graça, logicamente, pois com o que ganhamos não dá para pagar o preço que ele cobra de seus outros clientes.
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
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Manter em sigilo o nome de clientes é uma posição incompatível para consultores, autônomos ou empresas. As empresas que recebem consultoria têm a obrigação de informar aos seus acionistas quem orienta seus administradores. Logicamente que os assuntos tratados em negócio não podem ser divulgados, mas sonegar os nomes de quem o contrata é equivalente a confessar se tratar de trambique, negócios escusos.
Consultores de respeito aparecem explicitamente nos relatórios dos clientes, exposição essa que promove o nome da consultoria. Quem não precisa dessa promoção é porque tem e usa instrumentos extraordinários para atrair a clientela.
Um ministro de Estado em tal situação explicar-se em monólogo, sem o pertinente questionamento do contraditório, é um ato ditatorial e antidemocrático.
Faturar com consultoria de empresas privadas, das quais muitas atuam em áreas em que o seu partido prega estatização e critica a privatização é uma traição à ideologia da grande massa da base partidária que o sustenta. Não é só no governo que se impõe sua exclusão, mas no próprio partido, pelo risco de converter em hipócrita o discurso de campanhas vitoriosas passadas, inutilizando-o para embates futuros.
Se o caso Palocci é uma afronta à ética de um ocupante de cargo político, merecendo investigação para apurar a suspeita ilegalidade de sua gestão, é aos seus companheiros de partido que ele deve a mais transparente exposição sob a ótica dos ma ndamentos do partido das bandeiras vermelhas
Mantê-lo no cargo e no partido é o suicídio ideológico do PT.
JOSÉ ALBERTO DE BONI (São Paulo, SP)
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Código Florestal
À parte o que está sendo discutido a respeito do Codigo Florestal , ficamos perplexos e sobejamente preocupados com o futuro da nossa cidade que é praticamente topo de morro, Campos do Jordão.
Situada no topo da Serra da Mantiqueira , Campos do Jordão , uma das mais importantes estâncias turísticas paulistas, está sofrendo verdadeiro terror ambiental , notadamente aquelas pessoas que querem investir na cidade . Várias obras já construídas estão ameaçadas de demolição , ao mesmo tempo em que as habitações populares ocupam indiscriminadamente topos de morro, áreas de risco e encostas perigosas.
Praticar ecologia e preservação ambiental em áreas desocupadas é fácil. Mas, em cidades já habitadas pelo "bicho homem", há que se ter um zoneamento ambiental compatível com a realidade urbana já instalada. Por que não adequar as questões ambientais às Leis de Uso e Ocupação do Solo e Plano Diretor, com a finalidade de proporcionar às comunidades o tão propalado e pouco levado a sério desenvolvimento sustentável ?
JOSÉ ROBERTO DAMAS CINTRA (Campos do Jordão, SP)
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Com relação ao artigo do deputado Sarney Filho, no dia 4/6, na página A3, devemos resaltar a importância da preservação do meio ambiente, mas não podemos esquecer das pessoas que ali estão e que são afetadas pelas leis ambientais: o nobre deputado deveria trabalhar com o mesma dedicação para melhorar o IDH de seu Estado de origem, um dos piores do Brasil.
PAULO ANTONIO BANNWART (Assis, SP)
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Copa 2014
Senhores governantes, que anseio e falta de estrutura para arrumar este país para a Copa 2014. Demonstram que realmente não sabem o que fazem: aeroportos, portos, estradas, cidades, transportes, isto tem que ser arrumado para os moradores do país, o que deveriam ter feito há muito tempo. Esperam arrombar a porta para colocar a tramela, que falta de orientação, descaso e desrespeito com seus "súditos.!
MAURICIO VILLELA (São Paulo, SP)
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Miséria
É louvável a atitude de combater a pobreza, assim vemos vários planos de governo com essa missão, como o último a ser lançado pelo governo Dilma, com proposta de beneficiar os que possuem renda menor que 70 reais. Mas indaguemos:basta ter renda acima de 70 reais para deixar de estar na linha da miséria? Ou até acima desse valor, basta recebê-lo mensalmente para nossa satisfação? Vemos mais um programa que dá o peixe mas não ensina a pescar. Esse tipo de política é um modo simplista de manter as aparências, o essencial de combate a pobreza está muito longe de ser atingido, é mais fácil o investimento imediato, com resposta a curto prazo, mesmo que duvidosa.
MARCELO HENRIQUE PYLYPCIW SIMONI (São Paulo, SP)
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