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Center Norte, Dilma na ONU, Israel e Palestina, IPI
DE SÃO PAULO
Center Norte
Após ler reportagem sobre o elevado nível de gás metano no shopping Center Norte, em São Paulo (Cotidiano, 21/9), fiz as seguintes perguntas: por que as autoridades não fecham logo o acesso do público ao shopping Center Norte até que se tenha absoluta certeza de que não haverá a menor possibilidade de ocorrer uma explosão? Esperam que, enquanto o Center Norte estiver pagando multa diária, o elevado nível de gás metano presente no local resolva, graciosamente, "dar um tempo" e deixar de oferecer risco aos frequentadores? Mais um detalhe preocupante: segundo a Cetesb, essa multa diária será cobrada até que o shopping, entre outras providências, "complemente a investigação dos riscos". Mas não seria aconselhável que essa investigação permanecesse nas mãos do poder público, uma vez que o Center Norte vem afirmando que o gás não é tóxico? Seria, portanto, digno de confiança o resultado de uma investigação que venha a ser promovida por esse estabelecimento? Quando será que a vida humana vai começar a ser valorizada neste país?
TEREZINHA J. F. CRUZ (São Paulo, SP)
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Dilma na ONU
O discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU impressionou, sobretudo, a nós, brasileiros, acostumados com aqueles proferidos por Lula, autopromocionais e maniqueístas, recheados de ufanismo pretensioso. A tônica do discurso de Dilma, felizmente, foi outra: transmitiu lucidez, realismo e integridade, mostrando um Brasil que goza, sim, de uma situação ainda confortável diante da crise que afeta o mundo, mas alerta que não estamos imunes a ela. Com isso, apresenta um Brasil responsável, parte do concerto das nações hoje interligadas inexoravelmente. Não contou vantagem. Foi um discurso direto e sincero. Nisto Dilma se distancia anos-luz, positivamente, de Lula.
ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)
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Israel e Palestina
A Autoridade Nacional Palestina, por meio de seu presidente, encaminhou à ONU o pedido formal de reconhecimento do Estado palestino (que já existe, mas sem desfrutar de um espaço suficiente, pois parte do território foi invadido pelos israelenses). A solicitação palestina pretende que eles tenham os mesmos direitos que foram concedidos a Israel nos primórdios da ONU. E não surpreendem as declarações do presidente dos Estados Unidos e do primeiro-ministro de Israel, de que vão defender o veto ao pedido. Esta é uma demonstração de falta de sensibilidade, que não contribui como exemplo para que a paz seja implantada de forma efetiva, não apenas no Oriente Médio. O mundo tem muitos problemas que poderiam ser solucionados com negociações efetivas e não com o envio de tropas militares. E duas nações da importância dos Estados Unidos e de Israel, neste caso, não fazem o menor esforço para demonstrar interesse na solução definitiva do impasse que dura décadas.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
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IPI
O consumidor perde mais uma vez por causa da ineficiência administrativa da máquina governamental. O protecionismo ao setor automotivo com o aumento da alíquota do IPI acaba com a oportunidade de quem estava comprando carro importado mais barato, com todos os itens que as montadoras nacionais cobram como opcionais. Perde-se também a oportunidade de investimentos.
Temos a impressão de que prevalece sempre a lei do menor esforço. Não vemos estudos ou planejamento que melhorem o lado do consumidor. Sempre que o consumidor está ganhando, vem alguém atrapalhar seus sonhos e privilegiar os que não precisam.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)
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