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18/12/2012 - 15h21

Marco Aurélio defende decisão que suspendeu urgência para votação de royalties

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MÁRCIO FALCÃO
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello saiu em defesa nesta terça-feira (17) da decisão do colega Luiz Fux que suspendeu a urgência aprovada pelo Congresso para apreciar os vetos presidenciais sobre uma nova forma de distribuição dos royalties em contratos em andamento.

Sem citar nomes, Marco Aurélio criticou a articulação das bancadas dos Estados não produtores para colocar o veto em votação.

Estados não produtores de petróleo articulam manobra para derrubar vetos dos royalties
Ministro do STF derruba urgência para votação de vetos sobre royalties

"É terra sem lei? Será que a maioria pode de uma hora para outra rasgar até mesmo o regimento? Ela ganha no voto. É algo diferente. Agora, ele não tem virtude em cima do caso concreto para mudar a regra do jogo", disse o ministro.

Marco Aurélio disse que é possível um recurso ao próprio Supremo para reverter à suspensão, mas que "o tempo talvez não seja satisfatório", já que o recesso do tribunal começa na quinta-feira e as atividades só retomam em fevereiro.

O ministro Ricardo Lewandowski evitou analisar o caso, mas afirmou que essa decisão pode ser revisada por Fux ou pelo plenário.

"Vamos aguardar o eventual embargo", disse. "Essa questão deve ser examinada pelo plenário. O juiz que proferiu a decisão monocrática pode exercer o juízo de retratação, reformando total ou parcialmente a sua decisão. Ou então, poderá levar a plenário", afirmou

Em decisão liminar, o ministro Luiz Fux considerou inconstitucional e contrária ao regimento do Congresso a adoção de regime de urgência para vetos presidenciais.

Na última quarta, com 408 votos a favor e 91 contra, deputados e senadores aprovaram que a apreciação dos vetos fosse tratada com urgência, ultrapassando outros 3.060 vetos pendentes de análise pelo Congresso.

A bancada de congressistas favoráveis à derrubada tinha ampla maioria e considerava a vitória como certa em plenário. A presidente Dilma Rousseff, responsável pelos vetos, já tinha declarado que nada mais podia fazer.

Agora, uma manobra articulada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pretende colocar em votação amanhã 3.059 vetos presidenciais pendentes de análise no Congresso e, na sequência, derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à nova forma de distribuição dos royalties relativos a contratos em vigor.

 

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