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23/09/2010 - 14h40

Computador do Ministério Público com informações sobre fraudes é furtado

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MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

Um computador do Ministério Público Estadual foi furtado na madrugada de hoje de dentro da sede do órgão, em Campinas (93 km de SP). O aparelho armazenava informações sigilosas sobre as investigações de suposta organização criminosa suspeita de fraudar licitações públicas.

O computador estava na sala do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), responsável pelas investigações.

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O prédio do Ministério Público foi invadido pelos fundos e a sala do Gaeco foi arrombada. Segundo os promotores, a sede da Promotoria tem vigias e ainda não se sabe como os criminosos conseguiram entrar no local sem serem notados.

A suposta organização criminosa investigada agia em três Estados (São Paulo, Minas Gerais e Tocantins) e em pelo menos onze cidades do interior de São Paulo, segundo as investigações do Ministério Público de São Paulo.

A suposta organização já fraudou pelo menos R$ 615 milhões, segundo as investigações. Oito pessoas suspeitas foram presas na sexta-feira passada. Seis empresas, em nomes de laranjas, venciam licitações em diversos órgãos públicos e autarquias, segundo os promotores.

Entre os suspeitos estão dois policiais civis de Campinas, além de lobistas e empresários. Duas pessoas estão foragidas.

As investigações de fraudes em licitações, segundo os promotores, começaram pela Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é a Prefeitura de Campinas.

Além da Sanasa, segundo nota do Ministério Público, foram encontradas contratações suspeitas em diversos órgãos públicos como no próprio Ministério Público Estadual e no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

"Durante o monitoramento telefônico e telemático [correspondência eletrônica], houve menção a inúmeros agentes políticos e servidores públicos de vários municípios e Estados, incluindo prefeitos, secretários, deputados, um governador e um procurador geral do Estado", diz um trecho da nota do Ministério Público. Os nomes dos políticos não foram divulgados pelos promotores.

Os promotores também investigam o vazamento de uma relatório da Polícia Federal sobre as apurações.

 

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