José Alencar passa por nova sessão de hemodiálise

O vice-presidente da República, José Alencar, passa nesta segunda-feira por uma nova sessão de hemodiálise no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo boletim médico divulgado hoje.

Alencar está internado desde quarta-feira (22), quando deu entrada no local com quadro grave de hemorragia digestiva.

Se a posse de Dilma fosse hoje, Alencar não iria 'de jeito nenhum', diz médico
'Alencar é mais do que um irmão', afirma Lula
Quadro permanece estável e Alencar não apresentou mais hemorragia, diz hospital
Lula e Dilma visitam Alencar em hospital de São Paulo

O quadro de saúde do vice permanece estável e o político não apresentou mais sangramento. No entanto, ele ainda está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O médico Roberto Kalil Filho afirmou que, se a posse de Dilma Rousseff fosse hoje, Alencar não teria condições de ir à cerimônia. "Se fosse neste momento, não iria de jeito nenhum", disse.

Ricardo Stuckert/PR

Quadro de Alencar é estável, mas ele ainda não tem condições de ir à posse de Dilma no dia 1º de janeiro

Na opinião pessoal do médico, Alencar deve faltar ao evento, ainda que apresente melhora até o dia 1º de janeiro, quando Dilma será empossada a 40ª presidente do Brasil.

Ele reiterou, contudo, que o paciente passa bem.

VISITAS

O deputado José Genoino (PT-SP) passou pelo Sírio-Libanês para ver Alencar. Chegou por volta das 13h45 e entrou sem falar com a imprensa.

O paciente recebeu, ontem, a visita do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ao dar a "opinião de um leigo", Mantega afirmou que o vice se recupera velozmente e deve estar apto a acompanhar a posse de Dilma, daqui a seis dias.

Alencar, que combate um câncer na região do abdome há mais de 15 anos, comprometeu-se a dançar um xaxado com a presidente eleita no dia 1º de janeiro.

Na semana passada, outros visitantes foram Lula, Dilma e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM).

CRONOLOGIA

No dia 27 de novembro, o vice foi operado para desobstruir o intestino. Após cinco horas de cirurgia, os médicos extraíram dois nódulos e 20 centímetros de seu intestino delgado.

Desde então, em idas e vindas no Sírio-Libanês, não chegou a passar mais de seis dias fora do hospital.

Sua 17ª cirurgia, no dia 22, durou três horas e não atingiu o objetivo: uma aderência na região do abdome impediu que os médicos alcançassem o tumor.

Por ora, ele se submete a tratamento clínico para conter a hemorragia digestiva.