PR nega movimentação do partido para deixar base aliada

Em nota divulgada nesta segunda-feira, o PR nega movimentação para que o partido deixe a base aliada ao governo federal.

Matéria publicada pela Reuters e reproduzida pela Folha.com afirma que, segundo um parlamentar do PR, que pediu para não ser identificado, há um movimento interno, capitaneado pelo presidente de honra do partido, o deputado Valdemar da Costa Neto (SP), para deixar a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff.

PR cogita deixar base de Dilma, diz parlamentar

"Costa Neto e o PR negam que existe qualquer 'acerto que fez com alguns parlamentares' e repele qualquer tese na direção de uma 'migração para a oposição'", diz a nota.

O deputado ainda reitera na nota sua "confiança no governo da presidente Dilma e reafirma a posição governista de seu partido".

Dilma afastou a cúpula do Ministério dos Transportes por denúncias de fraudes, que culminaram na renúncia do ex-ministro Alfredo Nascimento.

O PR quer ser ouvido pela presidente antes que ela decida quem chefiará o Ministério dos Transportes, que interinamente está sendo comandando por Paulo Sérgio Passos, filiado ao partido, mas sem apoio político para continuar.

No Palácio do Planalto, há um temor em relação ao depoimento do diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes), Luís Antônio Pagot, no Congresso na terça-feira. Ele poderia estar magoado com a forma que foi afastado do governo e poderia tentar envolver outros membros do Executivo em novas denúncias.

Dilma chegou a convidar o senador Blairo Maggi (PR-MT) para suceder Nascimento. O ex-governador, no entanto, decidiu não aceitar a proposta por ver impedimentos legais para assumir o posto, uma vez que suas empresas têm contratos com o governo e no setor de transportes. Maggi é o padrinho político de Pagot.