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Barbiere nega recuo em acusações contra colegas de Assembleia
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DE SÃO PAULO
O deputado estadual Roque Barbiere (PTB-SP) negou que tenha recuado ou baixado o tom das acusações de um esquema de venda de emendas na Assembleia Legislativa de São Paulo.
No depoimento escrito que entregou aos colegas no Conselho de Ética, anteontem, Barbiere disse que "a grande maioria dos senhores deputados é gente boa".
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Ontem, o deputado afirmou que desde sua primeira entrevista revelando o esquema, em agosto, ao jornal "Folha da Região", de Araçatuba, deixou claro que os envolvidos constituíam uma minoria e que a "grande maioria era gente de bem".
Eduardo Anizelli/Folhapress |
Roque Barbiere em seu gabinete, na Assembleia de SP |
Na ocasião, o deputado disse que até 30% de seus colegas negociavam emendas parlamentares ao Orçamento do Estado.
'MÉDIUM'
No depoimento entregue ao conselho, Barbiere argumentou que nunca afirmou "que este era um percentual matemático e devidamente comprovado". "Não sou 'médium' nem adivinho as coisas", disse ontem.
O deputado argumentou ainda que não fez críticas à imprensa e não acusou veículos de comunicação de distorcer suas declarações.
Ele negou ontem que tenha comparado a Assembleia a um camelódromo.
CAMELÔ
Em entrevista na terça-feira na Assembleia Legislativa, ao reafirmar as acusações de venda de emendas, afirmou: "Isso é igual camelô, cada um vende de um jeito."
No documento enviado ao conselho, relatou que foi perguntado por um repórter como as emendas eram vendidas e que respondeu que não sabia.
E que, após insistência do jornalista, disse que " aquele que a for vender não coloca anúncio em lugar nenhum e que quem vendia emenda talvez fizesse como camelô, sei lá, maquiasse o produto e outras bobagens do tipo".
O deputado argumentou que a comparação o camelódromo dá a entender que ele teria dito que na Assembleia Legislativa "todo mundo vende emenda e todo mundo age como camelô".
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