Para a Sony, quanto mais pixels, melhor
A Sony, japonesa de eletrônicos que vem se esforçando para evitar grandes perdas, está tentando chamar sua atenção. A companhia não resiste em destacar números enormes em torno das capacidades de seus produtos.
Na segunda (7), a empresa revelou seu último telefone com Android, o Xperia Z, que tem uma câmera de 13 Mpixels, processador de quatro núcleos e uma tela de 5 polegadas de alta definição.
Também apresentou duas TVs de resolução 4K (definição ultra-alta), que têm o quádruplo de pixels de televisores Full HD. Os novos aparelhos serão vendidos nos formatos de 55 polegadas e de 65 polegadas e cobrirão uma "faixa de preço mais acessível" do que a TV Ultra HD de 84 polegadas da Sony, que custa US$ 25 mil (cerca de R$ 50,7 mil), disse Phil Molyneux, presidente-executivo da fabricante. Ele não disse quanto as novas TVs vão custar.
Mas Mpixels extras e resolução ultra-alta não necessariamente tornam um produto melhor. Raymond Soneira, analista especializado em telas, mostra que, em TVs menores que 80 polegadas, o olho humano não consegue processar os pixels a mais apresentados por uma TV 4K a uma distância igual ou superior a 2,2 m. A diferença só faria sentido em telas com mais de 80 polegadas, diz Soneira.
Ele tem uma posição semelhante em relação aos Mpixels. Seu celular da Sony pode capturar em 13 Mpixels, mas as telas nas quais você está acostumado a olhar têm resolução muito mais baixas, diz o analista.
"Você não precisa de verdade dessa quantidade de pixels, a menos que você seja um fotógrafo sério fazendo edições fotográficas", adicionou.
Em novembro, a Sony divulgou seu sétimo prejuízo trimestral consecutivo, graças a uma forte contração nas suas vendas de TVs. A empresa vem sofrendo nos últimos anos, enquanto vê um grande êxodo de clientes para a Apple e a Samsung.
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