Sony estuda vender divisão de baterias e se focar em eletrônicos
A Sony está estudando a possibilidade de vender a divisão de baterias, mas ainda não chegou a uma decisão, afirmou o presidente-executivo Kazuo Hirai na segunda-feira (7); a empresa deseja abrir mão de ativos não essenciais e reanimar as operações de bens eletrônicos de consumo.
Hirai também disse a jornalistas, durante a CES (Consumer Electronics Show) em Las Vegas, que as vendas de Natal haviam "no geral" cumprido as expectativas, ainda que o sistema portátil de videogames PS Vita tenha registrado vendas próximas ao piso das projeções da companhia. Ele não deu outros detalhes.
Yoshikazu Tsuno - 17.dez.11/France-Presse |
PS Vita, videogame portátil da Sony |
Em novembro, a Sony revisou para baixo a projeção de vendas dos portáteis PSP e Vita no atual ano fiscal, para 10 milhões de unidades, ante a projeção de 12 milhões que havia apresentado em agosto.
Sob o comando de Hirai, a Sony está retornando aos bens eletrônicos de consumo --com foco nos celulares, tablets e videogames-- e abrindo mão de ativos não essenciais, em um esforço para reconquistar o território perdido para rivais como a Samsung Electronics e deixar para trás quatro anos consecutivos de prejuízos líquidos.
A Sony e os demais grandes fabricantes japoneses de televisores, Panasonic e Sharp, também vêm sendo prejudicadas pelo iene forte, que comprime suas margens de lucro, ainda que a moeda tenha caído nos últimos meses.
"A discussão (sobre a venda de subsidiárias) se estende a qualquer negócio que não acrescente muito às nossas atividades centrais", disse Hirai.
Ele disse que a Sony manteria as unidades que ajudarem a renovar suas operações de televisores, tentaria explorar os mercados emergentes e expandiria sua divisão de aparelhos médicos.
Com a ajuda da venda de ativos, a Sony espera extrair um lucro líquido de 20 bilhões de ienes (US$ 230 milhões) no ano fiscal que se encerra em 31 de março, depois do prejuízo de 457 bilhões de ienes (US$ 5,2 bilhões) no ano fiscal passado.
A companhia japonesa vendeu sua divisão química em setembro a um banco estatal japonês por US$ 700 milhões.
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