Fabricantes de smartphones são pressionados a lidar com crescente roubo de aparelhos
Visando frear o aumento de roubos de smartphones, o procurador-geral de Nova York e o promotor distrital de San Francisco anunciaram, na quinta-feira (14), uma iniciativa para forçar a indústria a desenvolver tecnologias para desencorajar os furtos e acabar com o mercado de aparelhos roubados.
O novo grupo, chamado de Secure Our Smartphones Initiative (Iniciativa Protejam nossos Smartphones, em tradução livre), será constituído de promotores, autoridades políticas, policiais e advogados do consumidor de mais de 12 Estados. Os codiretores serão o procurador-geral de Nova York, Eric T. Schneiderman, e o promotor distrital de San Francisco, George Gascón.
Gascón e Schneiderman tinham planos de se encontrar, na quinta à tarde, com representantes da Apple, da Samsung, do Google e da Microsoft, que dominam cerca de 90% do mercado de de celulares inteligentes.
"É totalmente inaceitável termos um crime epidêmico que, nós acreditamos, poderia ser eliminado se melhorias tecnológicas fossem feitas", disse Schneiderman.
A coalizão está encorajando os fabricantes a equipar todos os seus dispositivos com um "botão de autodestruição". Quando os consumidores reportassem o roubo de seus smartphones a suas operadoras, os gadgets se tornariam inoperáveis, como já ocorre com cartões de crédito.
"Para os ladrões, os celulares não seriam mais do que um peso para segurar papéis", afirmou Schneiderman.
A perda e o roubo de smartphones custaram aos consumidores mais de US$ 30 bilhões em 2012. Aproximadamente 113 aparelhos são perdidos ou furtados a cada minuto nos Estados Unidos, e, segundo a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), o furto de smartphones corresponde de 30% a 40% de todos os roubos no país. Só na cidade de Nova York, os roubos cresceram 40% no ano passado.
"A indústria tem a moral e a obrigação social de corrigir esse problema", disse Gáscon. "Existem poucas coisas que podem ser consertadas com uma solução tecnológica, e essa é uma delas."
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