Relógio inteligente da Samsung, Galaxy Gear chega ao mercado no fim do mês
O início da era dos "wearables" (classe de equipamentos que toma a forma de roupas e outros acessórios e que se mistura a peças do vestuário comum) está apenas começando e, portanto, os relógios inteligentes ainda têm um longo caminho a percorrer.
No evento para jornalistas que antecede a IFA, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, a Samsung anunciou seu esperado relógio inteligente, batizado de Galaxy Gear. Ele custará US$ 299 nos EUA --ainda não há informações sobre o Brasil.
O aparelho tem tela de Oled sensível ao toque de 1,63 polegadas com resolução de 320 pixels x 320 pixels. O processador é de 800 MHz e a memória, de 512 Mbytes.
Na pulseira, o bichinho ainda conta com uma câmera de 4 Mpixels e pode gravar vídeos em 720p de até 10 segundos. Para salvar tudo isso, 4 Gbytes de armazenamento. A bateria, promete a Samsung, terá autonomia de 25 horas.
Galeria do Samsung Galaxy Gear
Bem no centro do pulso ficam os microfones e as caixas de som para fazer ligações telefônicas. Para atender a uma chamada, o usuário poderá fazer o movimento com o braço simulando o de levar o telefone à orelha (o que pode ser um pouco constrangedor em público).
Desde o início, o relógio --que roda uma versão modificada do sistema Android, do Google-- terá 70 aplicativos disponíveis. Com esse número somado ao comandos por toque, a sensação de uso pode ser similar a de um smartphone.
Mas a dependência do Galaxy Gear em relação ao smartphone incomoda. Sem ele, o bichinho fica incomunicável. Não liga ou recebe informações, não envia ou recebe SMS, não recebe notificações e não participa de redes sociais ou apps de bate-papo.
Ou, qual seria a utilidade de um app de previsão do tempo sem a internet que vem do telefone? Mas não é só isso. Sem o telefone, não é possível nem mesmo baixar apps ou sequer organizá-los no próprio aparelho.
Se você quiser, por exemplo, que o app da câmera apareça grande, como um de seus favoritos (e não dentro do hub de apps), terá que indicar isso no smartphone, que passa o comando para frente.
Sem contar que ele é compatível apenas com dispositivos topo de linha da Samsung (Note 3 e Note 10.1 edição 2014; no futuro, talvez, com S 3, S 4 e Note 2). É o tipo de decisão que parece vinda da Apple.
E para finalizar, alguns apps não rodaram tão bem no rápido teste da reportagem. Ficavam travados com a mensagem de "carregando", algo irritante, principalmente para um relógio.
O tempo dirá se os relógios inteligentes serão apenas acessórios de smartphones (tomara que não!), mas o fato de ser um brinquedinho caro (US$ 299, nos EUA) e de ser dependente de aparelhos caros ainda o deixa muito restrito.
ANTES DA APPLE
Ainda assim, a Samsung conseguiu chegar antes da Apple ao mercado de relógios inteligentes. Segundo o jornal "Digitimes", o suposto "iWatch" será lançado apenas no segundo semestre do ano que vem.
O lançamento do Galaxy Gear também representa a entrada de outra gigante no universo dos computadores vestíveis --conhecidos em inglês como "wearables"--, classe de equipamentos que toma a forma de roupas e outros acessórios e que se mistura a peças do vestuário comum.
Antes da Samsung, os óculos futurísticos Google Glass já apontavam para o interesse de grandes nomes no setor.
O jornalista BRUNO ROMANI viajou a convite da Philips
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