Aplicativos como o Waze não atrapalham blitze contra direção alcoolizada, diz PM-SP
A Polícia Militar de São Paulo minimizou o impacto de aplicativos que avisam motoristas sobre blitze policiais na eficácia de suas operações contra a direção alcoolizada.
"As pessoas acham que os bloqueios [policiais] são estanques, mas são muito dinâmicos [...] quando a pessoa vai postar [a localização do bloqueio], muitas vezes ele não está mais lá." disse, por telefone, o capitão e assessor de imprensa da PM-SP Rodrigo Cabral.
A Folha entrou em contato com a assessoria da PM-SP após a publicação de uma reportagem em que a diretora do Waze Di-Ann Eisnor diz que usar o aplicativo de navegação para fugir de radares e blitze contra direção alcoolizada é uma peculiaridade dos usuários brasileiros do app.
Divulgação | ||
Imagem do aplicativo de navegação Waze para iPad |
O aplicativo, comprado pelo Google em junho, monitora o trânsito através do GPS do celular dos usuários e indica a rota mais rápida para um determinado trajeto.
Além disso, usuários podem fazer e compartilhar notificações sobre itens que influenciam no trânsito --como obras e acidentes, mas também como inspeções policiais e radares.
"[A PM] está ciente destes sites/aplicativos. E não só do aplicativo mostrado na reportagem como outros (inclusive Twitter e Facebook) [...] avanços tecnológicos vem para ajudar e devemos nos adequar a esta realidade", disse a assessoria da PM por e-mail.
A assessoria da PM confirmou que monitora o Waze através de seu serviço de inteligência, mas disse informações da rede social não influenciam estratégias de bloqueios de trânsito.
"Por não conhecermos a forma como seus dados [do Waze] são alimentados, nem se há alguma maneira de se confirmar a veracidade das informações, não as consideramos úteis ao uso policial", afirmou.
WAZE
Gratuito, o Waze é um aplicativo israelense de "mapa social" para smartphones e tablets, que usa GPS dos celulares e mapas editados por seus usuários para calcular o trânsito das ruas e sugerir a melhor rota para os motoristas.
Em junho, a empresa responsável pelo app foi adquirida pelo Google em um negócio avaliado em US$ 1,3 bilhões.
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