Empresas apresentam soluções antigrampo na maior feira de computação do mundo
Companhias de telecomunicações como Deutsche Telekom e Vodafone e o especialista em codificação de dados Secusmart apresentam na CeBIT, a maior feira de computação do mundo, soluções antigrampo para aumentar a segurança das conversas e o envio de dados.
A chanceler alemã, Angela Merkel, se mostrou surpresa nesta segunda-feira (10) em Hannover, no norte da Alemanha onde ocorre a feira, quando a alemã Secusmart mostrou que, com pouco esforço, é possível conseguir uma comunicação mais segura. A Secusmart fornece ao governo alemão telefones celulares com alta segurança para conversas confidenciais, porém a solução é muito cara para o usuário comum.
A CeBIT –aberta hoje, e que neste ano tem o Reino Unido como país convidado, com a presença do primeiro-ministro David Cameron na abertura– está, nesta edição, com a atenção voltada para melhorar os padrões de segurança de dados para evitar a espionagem, como o que sofreu Merkel.
A chanceler alemã, que soube no ano passado que tinha sido espionada pelo serviço de inteligência americano, ressaltou a importância de proteger a segurança na internet como condição necessária para a evolução.
Fabrizio Bensch/Reuters | ||
Primeiro ministro britânico, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, examinam mão biônica durante visita à CeBIT |
Mais de 500 empresas apresentarão soluções de segurança digital.
Cameron, que defendeu colaborar com a Alemanha para criar uma Europa Digital, não acompanhou hoje Merkel em toda a visita às empresas mais importantes da CeBIT, e a espionagem não foi mencionada no tempo em que percorreram a feira juntos. O centro de escutas britânico GCHQ esteve envolvido no escândalo de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA), revelado por Edward Snowden.
Sobre às soluções anti-escuta, a Deutsche Telekom tem seu smartphone antigrampo SiMKo 3.
Já a Vodafone e a Secusmart oferecem juntas uma solução de segurança accessível para comunicação de voz com smartphones a partir de um aplicativo que custaria cerca de R$40 por mês, segundo declarações do diretor de Vodafone na Alemanha, Jens Schulte-Bockum, conforme publicado no jornal especializado em economia "Handelsblatt".
Os usuários de um smartphone podem usar o aplicativo que oferece tanta segurança quanto a do telefone de Merkel, com a condição de que as empresas assegurem de forma especial os sistemas operacionais destes telefones, de acordo com a Secusmart.
Os sistemas operacionais Android, do Google, e o iOS, da Apple, são considerados predispostos a ataques cibernéticos, como indicam especialistas do setor, que inclusive não recomendam usar smartphones quando se trata de informação muito delicada.
Outro assunto abordado na CeBIT é o apoio a empresas emergentes de tecnologia da informação, das quais 300 se apresentam na feira, assim como a análise de macrodados.
A CeBIT conta com mais de 3.400 empresas de 70 países apresentando seus novos produtos de informática até sexta-feira (14).
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