Análise: Sequência de 'Wolfenstein' é violenta e tem roteiro de 'filme B'
Rio de Janeiro, estádio do Maracanã, 1950, ano de Copa do Mundo no Brasil. Durante uma das partidas, um jogador comete falta violenta e imediatamente recebe a punição do juiz: um cartão vermelho e uma bala de revólver no meio da testa.
É assim que um trecho de vídeo de divulgação do game "Wolfenstein" retrata como seriam as regras de futebol em um mundo em que os nazistas ganharam a Segunda Guerra Mundial.
Além dos seguidores de Hitler no comando do planeta em um futuro distópico, o jogo conta com robôs assassinos, cientistas malucos e estereótipos de heróis norte-americanos na pele de combatentes militares.
O resultado dessa mistura é, surpreendentemente, um roteiro de "filme B" divertido, sangrento e muito bem-feito.
"Wolfenstein: The New Order" é a sequência de um dos games que deu origem ao gênero mais popular do mundo hoje em dia, o tiro em primeira pessoa, ou FPS ("first person shooter", em inglês), no qual a franquia de guerra "Call of Duty" reina absoluta.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
CAÇADOR DE NAZISTAS
Em "The New Order" o jogador assume o papel do protagonista da série nascida em 1992, o brutamontes William "B. J." Blazkowicz, que tem a missão quase impossível de iniciar uma ofensiva contra as forças nazistas.
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Wolfstein The New Order - PS3 e PS4 |
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Ninguém (ou quase) esperava um bom jogo, principalmente depois do desastroso remake do "Duke Nukem", outro pioneiro dos jogos de tiro, lançado no ano passado. Mas o novo "Wolfenstein" consegue renovar a série sem tirar a diversão que marcou a franquia na década de 1990.
Há algumas cenas que se afastam um pouco do tom do jogo, em que B. J. tem que se esgueirar silenciosamente para cumprir certos objetivos.
Mas, felizmente, o modo furtivo não é obrigatório na maior parte das fases –a diversão mesmo é equipar duas armas do mesmo tipo em cada uma das mãos do supersoldado, ignorar os esconderijos do cenário e enfrentar os nazistas de peito aberto.
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