Mesmo com acordo antitruste fechado, Qualcomm enfrenta desafios na China
Mesmo depois de concordar em pagar uma multa recorde de quase US$ 1 bilhão na China por violações antitruste, a fabricante de chips norte-americana Qualcomm enfrenta grandes desafios em seu mercado mais importante.
Enquanto fabricantes de smartphones de baixo custo e baixa margem chinesas como Xiaomi e Huawei Technologies pressionam em mercados em desenvolvimento, elas estão derrubando os preços médios de aparelhos –má notícia para a Qualcomm, companhia com sede em San Diego, nos EUA, que recolhe royalties com base no valor do aparelho.
A Qualcomm poderia ver suas margens caírem, corroendo seus lucros, enquanto empresas como a Xiaomi e Huawei levam seus dispositivos de baixo orçamento para mercados como a Índia e a América Latina.
Reuters | ||
Placa da Qualcomm vista em frente a um dos prédios da companhia em San Diego, Califórnia |
"Você tem todas essas empresas chinesas - como Xiaomi, Huawei e Lenovo - que querem ter presença global e conquistar quota da Samsung Electronics, HTC e, presumivelmente, até mesmo a Apple, mas eles irão fazê-lo a níveis de preço muito mais baixos", disse a analista da Bernstein, Stacy Rasgon.
Enquanto as vendas de dispositivos mais caros, como o iPhone, da Apple, permanecem robustas –e geram grandes lucros para a Qualcomm– os preços médios de venda de smartphones nos países em desenvolvimento cairão para US$ 102 em 2018 ante US$ 135 no ano passado, prevê o IDC.
Nos Estados Unidos, smartphones são vendidos muitas vezes vendem por mais de US$ 600, quando não há contrato com uma operadora de telefonia.
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