Em seis meses, Apple Music chega a 10 mi de assinantes; Spotify levou 6 anos
Andrew Burton/AFP | ||
Apple Music alcança 10 mi de assinaturas em 6 meses; Spotify levou 6 anos para alcançar o número |
A Apple ultrapassou a marca de 10 milhões de assinantes para o seu serviço de streaming de música. Com isso, levou seis meses para atingir o mesmo número que o Spotify, seu arquirrival, demorou seis para alcançar, dizem fontes familiares com o assunto.
O rápido crescimento do Apple Music, lançado em mais de 100 países em junho, aumentou as apostas para o streaming, uma forma de distribuição que tem dado esperança para a indústria da música depois de mais de uma década de estagnação.
"É uma boa notícia que a Apple está fazendo o streaming funcionar, mas isso também vai acelerar o processo de queda dos downloads", disse Mark Mulligan, analista da indústria musical da consultoria Midia Research. A Apple rapidamente alcançou o Spotify e, com sua atual taxa de crescimento, "tem o potencial de ser o serviço de streaming líder em 2017".
O streaming está se tornando o formato dominante para consumo de música digital e vem crescendo -enquanto as vendas de downloads caem.
Nos Estados Unidos, o total de downloads de álbuns vendidos caiu 9% em 2014, enquanto as vendas de faixas individuais caiu 12%, de acordo com o medidor da Nielsen Music.
Por outro lado, a demanda por streaming cresceu mais de 50%, com 164 bilhões de músicas transmitidas por streaming.
Spotify e Apple têm uma clara vantagem diante da competição. O Deezer, serviço com sede na França, tem mais de 6,3 milhões de usuários e recentemente tentou arrecadar € 300 milhões com a venda de ações em Bolsa, o que elevaria seu valor de mercado para € 1 bilhão.
O Tidal, o serviço do artista Jay Z, disse ter alcançado 1 milhão de assinaturas no mesmo mês.
O Spotify, avaliado em mais de US$ 8 bilhões, preparou o terreno para as vendas de ações na Bolsa. Quando atingiu 10 milhões de assinantes pagos, em 2014, o serviço tinha 40 milhões de usuários ativos em 56 mercados.
A companhia sueca teve crescimento acelerado desde então. Em junho, disse que havia alcançado 20 milhões de usuários pagantes de um total de mais de 75 milhões de ouvintes mensais. É pouco provável que esse número tenha aumentado nos últimos seis meses, período que tem enfrentado competição acirrada na App Store da Apple.
A música deve se tornar cada vez mais importante para os lançamentos da Apple em 2016. O blog 9to5Mac informou na semana passada que a companhia vai dispensar o fone de ouvido de 3,5 mm, o padrão para players de música desde o Walkman da Sony em 1979, para a próxima geração de iPhones.
No lugar dele, fones digitais vão se ligar a um conector Lightning, também usado para carregar e transferir dados. Além de prover um áudio de melhor qualidade, a mudança vai acelerar a mudança para fones sem fio, que já podem ser conectados via bluetooth ao iPhone e ao Apple Watch.
Com isso, a Apple poderá fazer o próximo iPhone ainda mais fino ou com mais espaço para outros componentes, como baterias. Ao mesmo tempo, a companhia poderá promover fones compatíveis da sua subsidiária, a Beats, adquirida por US$ 3 bilhões em 2014.
A Apple se recusou a comentar o assunto.
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