Petição consegue mais de 200 mil assinaturas para salvar Airbnb em NY
Pelo direito de hospedar quem quiser, por quanto tempo quiser. Essa é a causa de Mishelle Farer, 32, moradora de Nova York.
Há dois anos e meio, ela decidiu alugar um quarto em seu apartamento no Brooklyn para ajudar nas despesas domésticas. Anunciou o cômodo no site AirBnb e, desde então, tem sido anfitriã de gente vinda de todo o mundo.
"Nova York é muito cara. Muitos dos turistas que a cidade recebe não teriam condições de visitá-la se não fosse a existência do Airbnb", disse Mishelle à Folha.
Mas a prefeitura resolveu fechar o cerco ao site, em que usuários do mundo todo se cadastram para alugar suas casas a turistas. O serviço fatura de 6% a 12% do montante de aluguel pago pelo inquilino e a empresa é avaliada hoje em US$ 1 bilhão (R$ 2,32 bilhões).
Se o subaluguel incrementa a renda dos moradores, NY perde milhões de dólares em impostos não arrecadados pela rede hoteleira. Por isso, e com respaldo da lei que veta contratos de aluguel inferiores a 30 dias, o procurador-geral da cidade intimou o site a fornecer os dados de quase todos os anfitriões nova-iorquinos cadastrados.
O Airbnb avisou seus usuários (só em NY são 225 mil) por e-mail, e Mishelle, com o apoio da Peers (instituição de apoio à economia solidária) organizou uma petição on-line que conseguiu mais de 200 mil assinaturas, a maior mobilização da organização.
Segundo ela, o propósito da ação é discutir a lei dos aluguéis e, com sorte, mudá-la. "Quem quer dividir a sua casa tem de ter o direito de fazê-lo", diz Holly Minch, da Peers.
O Airbnb existe desde 2008. Os serviços do site estão disponíveis em 192 países. Segundo a empresa, o Brasil tem 15 mil usuários.
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