Análise: Patrimônio histórico só faz sentido se atende a todos os turistas
Logo que me viu se aproximar, o guarda do palácio da família real holandesa, em Amsterdã, acomodou uma rampa que permitia a um cadeirante vencer os degraus que levavam até o hall principal. Dentro do prédio, de meados do século 17, outra surpresa: um discreto elevador.
Um patrimônio histórico só faz sentido pleno se dele puder aproveitar qualquer pessoa, independentemente de sua condição física ou sensorial. A partir dessa premissa, obras complexas ou básicas de engenharia, logística ou de tecnologia promovem inclusão em castelos, igrejas, vias milenares de pedra, museus, casarões e demais estruturas de interesse universal.
O desafio arquitetônico para que nada seja descaracterizado existe, mas é consenso nas grandes nações que todo o esforço é necessário para que a pluralidade de visitantes possa fazer uso das heranças das civilizações.
Dessa maneira, o projeto de Israel para compartilhar com um público mais diverso seus tesouros tanto dá um exemplo de atitude a protetores tacanhos de concretos como amplia fronteiras de possibilidades para a exploração de suas relíquias.
Às vezes, a medida de acessibilidade em um patrimônio será a ideal, em outras, será a possível. Mais importante, porém, é mostrar que o ambiente abriga as demandas das pessoas. De todas as pessoas.
Atrações de Jerusalém se tornam acessíveis para deficientes físicos
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