Por pressão de hotéis, Booking.com abandona 'cláusula de paridade'
O site de reservas on-line Booking.com aceitou renunciar parcialmente à política de "paridade de preços" que impunha aos estabelecimentos anunciantes da plataforma, informou nesta terça-feira (21) a autoridade francesa que regula a concorrência comercial.
Até agora, o Booking.com obrigava os hotéis que anunciassem no site a não cobrar uma tarifa inferior aos preços mostrados na página às pessoas que fizessem reservas diretamente por telefone ou na recepção.
França, Itália e Suécia iniciaram uma investigação, apoiada pela Comissão Europeia, sobre as práticas do site para fazer reservas on-line. Várias associações de hoteleiros se queixaram que a página incorria em práticas anticoncorrência.
"Penso que encontramos um meio-termo satisfatório", disse Bruno Lasserre, presidente da comissão francesa que regula a concorrência.
As novas normas para hotéis que desejem anunciar na plataforma entrarão em vigor em 1º de julho para os estabelecimentos desses três países, mas devem ser estendidas "para o conjunto do espaço comercial europeu", segundo a entidade francesa.
De acordo com essas novas normas, o Booking.com não impedirá que os hotéis que o desejem proponham preços mais baixos em outras plataformas, por telefone ou e-mail. Em troca, os hoteleiros não poderão oferecer, em seus sites, tarifas inferiores às anunciadas no Booking.com.
"Não estamos completamente satisfeito. Ainda há muito a fazer para terminar com todas as cláusulas anticoncorrência", assinalou Herve Becam, vice-presidente da associação francesa de hotéis e restaurantes.
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