PF e Ibama repatriam araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados do Togo; veja fotos

O tráfico dos animais é investigado; eles estavam debilitados e ficarão em quarentena

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São Paulo

A Polícia Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) concluíram no sábado (24) a repatriação de 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados apreendidos no Togo. Chamada Akpé, a operação no país africano contou com o apoio do Ministério das Relações Exteriores.

O tráfico dos animais é investigado pela Polícia Federal. Eles foram localizados no dia 12 de fevereiro em Lomé, capital do Tongo, em um veleiro de bandeira brasileira, após a embarcação apresentar problemas na costa africana e ser abordada por policiais locais.

A imagem mostra duas araras dentro de uma gaiola
Araras-azuis-de-lear apreendidas no Togo e repatriadas para o Brasil - Divulgação/Policia Federal

Quatro homens foram presos em flagrante: um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês. A prisão aconteceu pelo fato deles estarem com animais protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, da qual o Togo é signatário.

No dia 19, uma equipe de veterinários e especialistas do Ibama foi ao Togo para garantir a sobrevivência dos animais. Três dias depois, policiais federais e funcionários do Ibama chegaram ao país para providenciar a repatriação. Os servidores desembarcaram de volta, com os animais, no sábado.

As araras-azuis-de-lear e os micos-leões-dourados ficaram na sede da Embaixada do Brasil, em Lomé, até a retirada do país.

Segundo a Polícia Federal, os micos-leões estavam debilitados, desnutridos, intoxicados e com óleo de motor na pelagem. As araras apresentaram episódios de estresse.

Após o resgate, o Ibama avalia a possibilidade de colocar anilhas para marcação nas aves. Os micos receberão microchips.

A imagem é de um mico-leão sendo alimentado por uma serig
Mico-leão-dourado é alimentado após resgate - Divulgação/Polícia Federal

Os animais ficarão em espaços destinados a um período de quarentena para se recuperarem.

O nome da operação, Akpé, foi escolhido como agradecimento às autoridades do Togo que cooperaram com a repatriação. Significa obrigado na língua local.

OUTROS CASOS

No dia 2 de fevereiro, duas ucranianas foram presas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao tentar sair do Brasil com ovos de arara-azul-de-lear. A suspeita é que os ovos tenham sido retirados de uma área de proteção ambiental na Bahia.

Elas foram abordadas no km 409 da BR-116, em Governador Valadares (MG), durante ação conjunta da PRF, Polícia Federal e Ibama.

Os policiais encontraram uma estufa dentro de uma bolsa, com seis ovos intactos. Segundo a PRF, as mulheres admitiram que carregavam ovos de aves silvestres nativas do Brasil e que os levariam para o Suriname, onde seriam vendidos.

Em julho do ano passado, 29 araras-azuis-de-lear e sete micos-leões-dourados foram apreendidos no Suriname, o que provocou uma ação integrada dos ministérios do Meio Ambiente, Justiça e Segurança Pública e Relações Exteriores para a repatriação.

No entanto, parte das aves apreendidas foi roubada antes da repatriação. Cinco araras e os sete mico-leões-dourados foram trazidos de volta ao Brasil, após resgate realizado por uma equipe formada por veterinários e policiais federais.

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