Governo quer que a Shell explique aparecimento de barris no litoral nordestino
Empresa diz que barris são de lubrificante, e não de óleo, e nega que tenham relação com as manchas do Nordeste
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O governo quer que a Shell explique o aparecimento de barris ligados à empresa no litoral do Nordeste.
Os barris, que têm a inscrição de um lubrificante fabricado pela empresa, foram encontrados na praia da Formosa, em Sergipe. O esclarecimento sobre o achado foi requisito pelo Ibama, a pedido do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).
A Shell Brasil afirma que o conteúdo original dos tambores localizados não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira. "Trata-se de embalagens de lubrificante para embarcações, de um lote não produzido no Brasil. Vale ressaltar que o adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019, associada ao transporte do lubrificante Argina S3 30, e a mancha de óleo cru que está atingindo o litoral começou a impactar a costa em setembro", diz a empresa em nota.
Segundo a Shell, é possível que a embalagem tenha sido reutilizada para transportar petróleo. A companhia informa ainda que não transporta óleo cru acondicionado em tambores em rotas transatlânticas.
A equipe do presidente Jair Bolsonaro ainda busca repostas a respeito das manchas de óleo em praias do Nordeste brasileiro. O número de pontos atingidos pelo derramamento de petróleo tem aumentado nos últimos 30 dias, mas ainda não se sabe a origem do vazamento.
Análises do Ibama e da UFBA (Universidade Federal da Bahia) apontaram que o óleo é venezuelano, o que o governo do país nega. Em comunicado conjunto, o Ministério do Petróleo e a empresa estatal de petróleo PDVSA disseram que não receberam nenhum relato de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos de petróleo perto do Brasil.
Simulações de computador feitas por pesquisadores indicam que a origem das manchas de óleo nas praias do Nordeste está no alto-mar, a pelo menos 400 km da costa.
Veja aqui os locais afetados.
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