Siga a folha

Bolsonaro edita decreto que exige registro para quem aplica agrotóxico no país

Medida também estabelece prazos para registro de novos produtos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou um decreto nesta sexta-feira (8) sobre mudanças na produção, utilização, importação e exportação de agrotóxico no país​. Entre as medidas, haverá a criação do registro de aplicadores de agrotóxico.

Segundo o Palácio do Planalto, a pessoa que irá fazer o manuseio do agrotóxico terá que passar por um treinamento. A medida visa aumentar a conscientização sobre riscos, bem como orientar sobre a aplicação adequada.

Pulverização de inseticida em pomar de laranja em fazenda no interior de São Paulo - Marcia Ribeiro - 22.jul.2011/Folhapress

Outra mudança está o estabelecimento de prazos para o registro de novos produtos, podendo chegar a três anos. Segundo o deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), antes o prazo era de 120 dias, mas não era cumprido.

“Atualmente há um problema, fabricantes apresentam requerimento e têm produtos com 10, 12 anos sem análise. É importante estabelecer critérios mais definidos de análise como está no decreto”, alega.

Foram estabelecidas regras para a priorização de registro de novos produtos, prevendo celeridade nos casos de processos prioritários. “O objetivo é aumentar a concorrência no mercado de agrotóxicos, possibilitando o registro de produtos mais modernos e menos tóxicos, e também a redução de custos para o produtor”, disse o Planalto, em nota.

Além disso, o novo decreto inclui a definição do sistema GHS (Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos), para fins de classificação toxicológica e comunicação do perigo à saúde na rotulagem. Isso irá harmonizar critérios de classificação e padrões de rotulagens usados em diferentes países.

Para os agrotóxicos produzidos para exportação, não será mais necessário que esses produtos estejam registrados para uso no Brasil. No entanto, o ingrediente ativo e demais componentes devem estar aprovados para uso no Brasil.

Em nota, o Palácio do Planalto disse que a intenção com as mudanças é reformular o processo de análise de registros, facilitar a pesquisa com agrotóxicos para viabilizar inovações tecnológicas e implementar ações para proteger os aplicadores de agrotóxicos.

Segundo o deputado, a mudança traz mais segurança para aplicação de pesticidas, melhora o processo de análise e traz mais transparência.

“Na minha avaliação, sempre que as normas evoluem, a perspectiva é de melhora. Eu sou contra a utilização de agrotóxicos e acredito que essas medidas podem trazer mais controle.”

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas