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Em Davos, Greta acusa empresas de energia de jogar pessoas 'debaixo do ônibus'

Ativista ambiental, que foi detida na Alemanha nesta semana, confrontou chefe da Agência Internacional de Energia

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Davos (Suíça) | Reuters

A ativista climática mais influente do mundo confrontou o homem encarregado de regular a energia global em Davos, nesta quinta-feira, exigindo o fim dos investimentos em combustíveis fósseis.

Greta Thunberg pediu que o diretor-executivo da AIE (Ag ência Internacional de Energia), Fatih Birol, impeça que a indústria global de energia e os financiadores que a apoiam fomentem os investimentos em carbono.

"Enquanto eles conseguirem se safar, continuarão investindo em combustíveis fósseis, continuarão jogando as pessoas debaixo do ônibus", alertou Thunberg.

As ativistas Vanessa Nakate e Greta Thunberg em painel com Fatih Birol, da Agência Internacional de Energia, em Davos, nesta quinta (19) - Arnd Wiegmann/Reuters

Durante uma mesa redonda com Birol à margem do encontro anual do Fórum Econômico Mundial, ativistas disseram que apresentaram uma carta de "cessar e desistir" aos CEOs pedindo-lhes que parem de abrir novos locais de extração de petróleo, gás e carvão.

A indústria de petróleo e gás, acusada por ativistas de sequestrar o debate sobre as mudanças climáticas no resort de esqui suíço, disse que precisa fazer parte da transição energética, pois os combustíveis fósseis continuarão a desempenhar um papel importante na estrutura de energia à medida que o mundo caminha para uma economia de baixo carbono.

Thunberg juntou-se às ativistas Helena Gualinga, do Equador, Vanessa Nakate, de Uganda, e Luisa Neubauer, da Alemanha, para discutir a abordagem dos grandes problemas com Birol.

Fatih Birol (da Agência Internacional de Energia) e as ativistas Luisa Neubauer, Helena Gualinga, Vanessa Nakate e Greta Thunberg; grupo entregou carta pedindo fim dos investimentos em combustíveis fósseis - Fabrice Coffrini/AFP

Birol agradeceu às ativistas por encontrá-lo, mas insistiu que a transição deve incluir uma mistura de partes interessadas, especialmente em face da crise global de segurança energética causada pela Guerra da Ucrânia.

Mas ele admitiu que a transição não está acontecendo rápido o suficiente e alertou que os países emergentes e em desenvolvimento correm o risco de ficar para trás se as economias avançadas não apoiarem a transição.

Na terça-feira (17), Greta foi detida na Alemanha enquanto realizava protestos próximos a Lützerath, vila no oeste do país, para chamar a atenção para a crise climática. Segundo a polícia, ela foi liberada pouco depois de ter sua identidade confirmada.

Policiais carregam a ativista ambiental na Alemanha - Christoph Reichwein - 17.jan.23/AFP

A sueca protestava contra a expansão de uma mina de carvão na região, que já registrou outros confrontos entre agentes e ativistas. Um outro ato com a presença dela, no último fim de semana, reuniu cerca de 35 mil pessoas e terminou com briga entre manifestantes e policiais.

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