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Cabo preso em asteroide pode ser usado como estilingue para impulsionar veículos espaciais

Trabalho brasileiro foi premiado em conferência internacional

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André Julião
São Paulo | Agência Fapesp

Um veículo espacial é conectado a um cabo de 100 quilômetros de comprimento, ancorado em um asteroide. Dessa forma, o veículo pode ter sua trajetória alterada em muitos quilômetros, ganhando energia durante o processo de rotação, até finalmente se desconectar, sendo impulsionado em outra direção e podendo até mesmo sair do Sistema Solar.

A viabilidade teórica dessa manobra espacial foi apresentada na Sixth International Conference on Tethers in Space, realizada na Universidad Carlos III, em Madri, na Espanha, de 12 a 14 de junho. O trabalho rendeu à autora, Alessandra Ferraz Ferreira, o prêmio Mario Grossi, criado para homenagear o jovem cientista que apresentasse o projeto mais inovador durante a conferência.

Ferreira realiza estágio de pós-doutorado na Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista (FEG-Unesp), com bolsa da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). 

O artigo premiado estabelece os parâmetros para uma manobra do tipo em espaço tridimensional. A manobra é chamada de Tethered Slingshot Maneuver (TSSM), ou manobra de estilingue com cabo, em uma tradução livre.

“A ideia é fixar uma das pontas de um cabo na superfície de um corpo, como um asteroide, e na outra extremidade ter um dispositivo de recebimento. Então lança-se, por exemplo, um satélite ou outro objeto na direção desse corpo e, quando chegar à posição em que está o dispositivo de recebimento, ele se conecta. A velocidade com que o objeto chega obriga o cabo a fazer uma rotação, gerando um efeito similar ao que temos se girarmos uma pedra amarrada em um barbante”, disse Ferreira.

O trabalho busca dar viabilidade para o uso de pequenos corpos como asteroides, que não têm campos gravitacionais poderosos como planetas, na realização de manobras que gerem impulso e economizem combustível.

Asteroide Ryugu, fotografado a partir da sonda japonesa Haybusa2 - Jaxa

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