Siga a folha

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Descrição de chapéu petrobras

Entre vales e auxílios, pressão sobre Petrobras deve continuar

Com campanha de intimidação, Bolsonaro precisa evitar novos aumentos até a eleição

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Depois de esbravejar, abrir uma guerra política e lançar ameaças públicas à direção da Petrobras, o governo decidiu fazer algo parecido com governar. A equipe de Jair Bolsonaro e aliados do presidente começaram a discutir a ampliação do Auxílio Gás que é pago aos brasileiros mais pobres e a criação de um vale-combustível para os caminhoneiros.

Nenhuma das duas propostas resvala no que Bolsonaro chamou de "lucro estúpido" da Petrobras ou na "ganância incontrolável" da empresa, nas palavras do presidente da Câmara. Elas também não mexem na definição de preços dos combustíveis, que continuam sob forte aperto no mercado internacional.

O governo pode até oferecer um alívio imediato a grupos mais sensíveis e desviar o foco das tensões com a companhia, mas tudo indica que a pressão política sobre a Petrobras vai continuar. Bolsonaro já deu repetidos sinais de que pretende manter sua campanha de intimidação contra a empresa para evitar novos reajustes até a eleição.

O presidente tem pouca gordura política para queimar ao longo dos próximos meses. Qualquer aumento de preços a partir de agora pode ser suficiente para corroer o valor dos auxílios e vales entregues pelo governo, além de aborrecer ainda mais os milhões de motoristas que estão fora desses programas.

O time governista deve continuar trabalhando para que isso não aconteça. As ameaças preventivas lançadas sobre o novo comando da Petrobras, que ainda nem tomou posse, fazem parte dessa equação.

Os recados vieram em sequência. Aliados de Bolsonaro mantiveram a coleta de assinaturas para uma CPI e começaram a elaborar uma mudança na lei para facilitar a demissão de diretores daqui por diante. O chefe da Casa Civil cobrou "sensibilidade" da petroleira e o ministro de Minas e Energia falou em "sacrifício".

Ninguém apresentou uma proposta concreta para mudar a política de preços da companhia. A ideia é que uma nova política já esteja valendo, na prática, até outubro.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas