Siga a folha

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Lula vai ao feirão partidário enquanto PT briga com velhos aliados

Acerto com nanicos para favorecer ex-presidente coincide com embate entre petistas e PSB no Rio

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

A campanha de Lula foi atrás de três conhecidas bancas do feirão partidário para fechar negócio na corrida presidencial. O petista costurou a desistência de Luciano Bivar (União Brasil), fechou uma aliança com a nova direção do Pros e está prestes a confirmar a saída de André Janones (Avante) da disputa.

Lula decidiu fazer um investimento pesado nesse trio de nanicos na reta final do período de definição das candidaturas deste ano. O plano do ex-presidente é tirar de campo nomes que poderiam ser a opção de 2% ou 3% dos eleitores e melhorar os cálculos para ampliar suas chances de vitória no primeiro turno.

O PT quer beliscar parte dos votos com o apoio público de Janones. Também projeta que os poucos eleitores de Pablo Marçal (Pros) vão se pulverizar e acredita que a nova candidata do União Brasil, a senadora Soraya Thronicke, não vai receber do partido o mesmo impulso que Bivar, chefe da legenda.

A matemática favorece Lula, mas o retorno não é tão garantido quanto os petistas gostariam. Os sinais às vésperas do início oficial da campanha mostram Jair Bolsonaro com algum fôlego para ganhar terreno e tornar a disputa mais apertada.

Mas a negociação com os três nanicos no mercado eleitoral mostra que o time do ex-presidente está disposto a reforçar essa aposta. Além disso, emite um sinal intenso de pragmatismo em relação à campanha de Lula, num momento em que o PT se estranha com velhos aliados dentro de seu campo ideológico.

O comando do partido no Rio anunciou a decisão de romper com a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do estado. É a ameaça final dos petistas para que o PSB retire o nome de Alessandro Molon da corrida pelo Senado e deixe o caminho livre para André Ceciliano (PT).

A esquerda age como se estivesse com um pé no governo do Rio e outro na vaga do Senado. Não é bem assim. A disputa contra a máquina do governador bolsonarista Cláudio Castro (PL) vai ser dura e ainda pode dificultar a vida de Lula no estado.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas