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Inteligência artificial vai revolucionar o mercado imobiliário

Mudanças impactarão o projeto e a operação de edifícios

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O termo inteligência artificial é usado hoje, principalmente, para descrever algoritmos que têm a finalidade de encontrar padrões estatísticos em grandes quantidades de dados, e inferir regras que melhorem sua capacidade de analisar ainda mais dados.

Mas o que são algoritmos? Nada mais que uma sequência de raciocínios ou operações que, aplicada a uma base de dados, permite solucionar classes semelhantes de problemas.

O conceito de inteligência artificial já existe há décadas, mas a incrível evolução tecnológica nos últimos anos fez com que, entre 2012 e 2017, as startups vinculadas à inteligência artificial arrecadassem US$ 18,74 bilhões (R$ 65,9 bilhões) em investimentos de risco, de acordo com a empresa de pesquisa PitchBook.

Portanto, a utilização da inteligência artificial permite que, a partir da informação, por exemplo, sobre o preço e as características de uma certa quantidade de unidades imobiliárias em determinadas regiões da cidade, seja possível “adivinhar” o preço de outras unidades imobiliárias na mesma área. Ou seja, o algoritmo pode inferir o preço de qualquer imóvel analisando as informações de outros em áreas próximas.

Mas esses algoritmos podem ser usados para deduções ainda mais complexas. Para isso, é necessário que existam informações em quantidade e qualidade suficientes para que as inferências possam ser feitas. Contudo, quando se trata de mercado imobiliário, os dados são bastante fragmentados, e muitas vezes inexistentes.

No que diz respeito ao mercado, as informações sobre aquisições, vendas, locação e lançamentos estão espalhadas por centenas de bancos de dados. Muitas vezes, há apenas em documentos escritos e não em estruturas de dados adequadamente formatadas, o que dificulta sua utilização.

Na direção de um amplo esforço para melhor conhecer o mercado, começa a existir um esforço no sentido de coletar dados dos potenciais compradores em tempo real, o que inclui informações sobre padrões de deslocamento, hábitos pessoais, compras no varejo, preferências de lazer e viagens.

Utilizando informações obtidas no âmbito do próprio setor imobiliário, a inteligência artificial pode ser usada para obter mais dados e potencializar ainda mais sua capacidade de chegar a novas conclusões que possam ser úteis para o planejamento de novos produtos imobiliários.

É possível criar algoritmos que analisem as imagens das câmeras de segurança dos edifícios para descobrir o que os usuários trazem para o prédio, com quem estão conversando, o que estão falando e o que os deixa felizes ou tristes. Pode até inferir suas opiniões políticas, o custo de suas roupas, e depreender seu padrão de renda.

A inteligência artificial pode usar essa massa de dados para deduzir como os espaços mais importantes de uma residência, um escritório ou hotel serão melhor utilizados e, portanto, quais características devem ter. Além disso, identificar os potenciais compradores dos produtos que tenham aquelas características, quanto estão dispostos a pagar pelo produto que desejam e quais os riscos de inadimplência que carregam.

A inteligência artificial pode também ser usada no gerenciamento de edifícios, para monitorar e prever quando os sistemas críticos de manutenção estão prontos para substituição.

A tecnologia também será útil para acompanhar as tendências de valores de locação em áreas geográficas específicas, e propor aumentos ou diminuições de acordo com a evolução do mercado.

Essas mudanças são revolucionárias e trarão importantes impactos não só na formatação, no projeto e na operação dos edifícios, mas nas empresas envolvidas com o mercado imobiliário, e na forma como estruturarão seu funcionamento.

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