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A cidade planejada com o auxílio de plataformas de interação urbana

Planejamento urbano procura possibilitar a interconexão entre diferentes espaços

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As cidades podem ser entendidas como um conjunto de sistemas muito complexo, onde estão envolvidos inúmeros aspectos socioespaciais, que interagem de maneira progressivamente mais intensa.

O desenho urbano tende a respeitar cada vez mais perspectivas, abordagens e usos, que possam se integrar com as ferramentas mais avançadas, todos os atores, espaços e ações envolvidos no processo de operação e funcionamento das cidades.

Movimentação de passageiros na Av. Pedro Alvares Cabral, ao lado do Parque Ibirapuera, no primeiro dia de tarifa zero em ônibus da capital de São Paulo - Zanone Fraissat/ Folhapress

O planejamento urbano, dentre outros objetivos, procura possibilitar a interconexão entre diferentes espaços e funcionalidades, além de estruturar esses espaços para criar um ambiente físico onde a experiência urbana cotidiana da comunidade possa se desenrolar com eficiência, atratividade e conforto.

A interação entre os espaços, as pessoas e as coisas pode proporcionar uma vivência muito rica e diversificada da cidade, tanto para moradores quanto para visitantes.

Essa interação deve ser centrada na perspectiva das pessoas, especialmente na forma como elas sentem os espaços e experimentam os serviços urbanos. Contudo, é preciso ter em mente, além de considerar os complexos níveis de interação, que o usuário da cidade está mudando.

Os usuários são diversos, múltiplos, compostos por grupos diferentes e/ou direcionados de forma diferente. Os usuários fazem parte de variadas e múltiplas comunidades simultaneamente, com inúmeras partes interessadas e vários atores envolvidos.

Eles podem ser mais ativos em determinada fase de um processo em comparação com outro, e podem ter interesses diferentes e conflitantes. Portanto, o foco deve ser na interação positiva de todo ecossistema e, concomitantemente, nos resultados.

A soma de tecnologias interativas que estão remodelando nossas sociedades também transforma nossas aspirações. Além disso, as possibilidades de uma atuação mais ampla e ativa na interação dos cidadãos com as instituições públicas vinculadas à governança urbana e legislativa podem trazer importantes subsídios para as tomadas de decisão.

Nesse sentido, o desenho de uma plataforma de interação urbana realmente eficiente é apropriado para enriquecer as ferramentas, práticas e os mecanismos tradicionais que foram concebidos nas últimas décadas para tratar da relação das cidades com seus habitantes.

Uma plataforma de interação urbana estruturada de forma adequada tem a oportunidade de impactar as aspirações de engajamento cívico, e transformar-se numa forma mais profunda, direta e eficaz da experiência com o envolvimento em questões públicas.

No entanto, desenhar modelos eficientes de participação não é tarefa fácil e, em particular, no contexto da interação urbana, pode ser bastante complexo e ambíguo. A participação da sociedade no planejamento não é uma ciência exata, e projetar processos participativos em qualquer campo pode ser relativo a contextos, objetivos e aspectos práticos particulares.

Uma plataforma de interação urbana pode ser muito importante para o aprimoramento e fornecimento de ferramentas que permitam a uma gama diversificada de atores participar do processo de engajamento cívico, o que pode envolver muitas formas, escopos, estratégias e momentos diferentes.

Nesse sentido, o que tradicionalmente chamamos de participação está se ampliando com uma nova geração de abordagens disponíveis, um uso mais criativo de estratégias de engajamento cívico e ferramentas mais poderosas para o envolvimento dos cidadãos com a representatividade orientada para ações objetivas.

O papel dos cidadãos na vida pública está se expandindo. A demanda por novas formas de participação em questões que envolvem o funcionamento das cidades está em ascensão e o investimento no desenvolvimento de novas maneiras de integrar os cidadãos com o planejamento urbano é extremamente necessário. Os modelos de participação hoje existentes têm se mostrado ineficientes.

O que esperamos, como cidadãos, é que sejamos capazes de moldar ativamente a vida urbana, calcados em princípios de equidade e justiça social, mas sem esquecer que a integração da vida nas cidades com a atividade econômica é fator essencial para o êxito no desenvolvimento das áreas urbanas.

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