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Honda Civic cresce, encarece e roda 20 quilômetros com um litro de gasolina

Nova geração do sedã chega ao Brasil com motorização híbrida e preço sugerido de R$ 244,9 mil

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O Honda Civic cresceu. Essa foi a primeira impressão transmitida pelos seis sedãs estacionados na sede paulistana da montadora, todos da 11ª geração do modelo.

Os carros foram usados durante as primeiras avaliações no Brasil, em que foi possível conhecer bem a nova motorização híbrida.

Agora são 4,68 metros de comprimento –quatro centímetros a mais que o modelo anterior, que saiu de linha no fim de 2021. A chave do tamanho não está apenas no comprimento. As proporções mudaram, e nada ficou como antes. A começar pelo preço.

Novo Honda Civic chega ao Brasil importado da Tailândia - Divulgação

As últimas unidades do Civic 1.5T Touring, a opção mais cara da linha nacional, foram vendidas por aproximadamente R$ 170 mil no início de 2022. O automóvel que estreia agora vem em versão única, com preço sugerido de R$ 244,9 mil.

Outra novidade é a origem do produto. Após ter a produção local encerrada, o sedã passa a vir da Tailândia. "A definição da importação vai além da questão de custos, tem a ver com a especificação do modelo produzido em cada unidade", diz Diego Fernandes, diretor comercial da Honda Automóveis.

O Civic 2023 chega com teto solar, ajustes elétricos dos bancos de motorista e carona, painel digital, ar-condicionado com ajustes independentes e carregamento do smartphone por indução.

A tela do sistema multimídia tem nove polegadas e é sensível ao toque, além de trazer conectividade sem fio com o sistema Apple Carplay. Já o Android Auto exige uso de um cabo.

O pacote de segurança vem com o Honda Sensing, que reúne funções como frenagem automática de emergência –que pode evitar colisões e atropelamentos–, sensores que leem as faixas no asfalto e controlador de velocidade de cruzeiro que se adapta ao ritmo do trânsito. Há também oito airbags.

O grande destaque, contudo, é o novo conjunto mecânico. As opções 2.0 flex e 1.5 turbo foram substituídas pela motorização híbrida, que concilia eletricidade e gasolina. Cabe ao cérebro eletrônico decidir o que é melhor, mas sempre priorizando a forma de emitir menos poluentes.

O primeiro contato incluiu um bate-e-volta de São Paulo até Itu, no interior do estado. Foram 215 quilômetros entre trânsito urbano e rodoviário, com velocidade máxima de 120 km/h na rodovia Castelo Branco. A média de consumo ficou em 20,1 km/l.

O resultado foi obtido sem esforço, sendo possível atingir médias melhores. O conjunto mecânico é basicamente o mesmo do sedã de luxo Accord, que foi o carro mais econômico de sua categoria no Ranking Folha-Mauá 2022. O consumo desse modelo na cidade ficou em 28,4 km/l.

O Civic trouxe uma evolução importante em relação ao "irmão maior": a injeção direta de gasolina, solução técnica que aumenta a eficiência do motor 2.0 a gasolina (143 cv). Já a parte elétrica é basicamente a mesma, com 184 cv.

A Honda não divulga a potência combinada, já que essa situação ocorre em momentos muito específicos. Os motores se ajudam, mas agem por conta própria na maior parte do tempo.

Em resumo:o 2.0 é combinado a outros dois, elétricos —um funciona como gerador. O motor a combustão impulsiona o carro em velocidades de cruzeiro, que é quando atinge sua maior eficiência. Em outras situações, o que vale é a força que vem da eletricidade.

A eficiência energética vem acompanhada de um rodar agradável, que filtra bem as imperfeições do piso. É um carro voltado para o conforto, sem o visual esportivo e a suspensão mais firme da geração anterior.

Um ponto a melhorar é o isolamento acústico, que ainda passa o ruído do vento e do asfalto rugoso para dentro da cabine. O preço também é um entrave, principalmente diante do pedido pelo principal concorrente, o Toyota Corolla Altis Hybrid Premium (R$ 190,6 mil).

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