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Queda da inadimplência e promoções melhoram oferta de crédito no setor automotivo

Valor liberado para financiamentos chegou a R$ 127,3 bilhões no primeiro semestre; montadoras reduzem taxas

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Os bancos estão mais animados com o setor automotivo. Segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), a liberação de crédito para financiamento chegou a R$ 127,3 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 33,2% em relação ao mesmo período de 2023.

O saldo total das carteiras atingiu R$ 449,9 bilhões, um aumento de 15,7% sobre os seis primeiros meses do ano passado.

Um dos motivos para o resultado é a queda na inadimplência. De acordo com a Anef, os contratos com atrasos acima de 90 dias passaram de 5,5% para 4,5% do total no primeiro semestre.

Concessionária da rede Chevrolet na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo - Folhapress

"Trata-se de uma boa notícia, pois mais brasileiros estão conseguindo honrar seus compromissos, quando quase metade dos carros novos voltam a ser financiados", diz, em nota, Paulo Noman, presidente da Anef.

A taxa de juros anual se manteve em 20,96%, e a mensal ficou em 1,57%.

Há, contudo, campanhas feitas por bancos ligados às montadoras, como financiamento subsidiado e "taxa zero" para alguns modelos mediante entrada mais alta e prazos de até 24 meses. O objetivo é aquecer o varejo e reduzir a dependência das vendas para locadoras.

"Os bancos de montadoras, pela natureza do negócio, são capazes de trabalhar de forma muito competitiva, com a realização de campanhas atraentes", afirma Noman no comunicado enviado pela Anef.

A Anef diz ainda que o índice de carros financiados subiu para 49% no primeiro semestre. É a participação mais alta desde 2020, quando estava em 52%. As compras à vista corresponderam a 47% do total. Os 4% restantes couberam aos consórcios.

Segundo a Anfavea (associação das montadoras), as vendas somaram 1,39 milhão de unidades no acumulado do ano, com alta de 13,2% sobre o mesmo período de 2023. A conta inclui carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.

"O crescimento das vendas acontece no momento em que as vendas para locadoras foram inferiores ao que vinha sendo registrado, o que demonstra, realmente, a compra pelo consumidor final", afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Leite diz que a associação das montadoras se reuniu com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) há cerca de um mês para entender como funciona o spread (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e os juros cobrados ao tomador de empréstimos).

"A taxa Selic é um dos pontos [que influenciam o spread bancário], e a inadimplência é outro. A nossa expectativa é que o novo marco das garantias [que facilita a retomada de bens] fará com que a taxa caia bastante", diz o presidente da Anfavea.

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