Siga a folha

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

Dados e evidências apoiam tomada de decisões na prevenção de catástrofes

Podemos construir um futuro mais sustentável se refletirmos sobre as práticas de dados

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Esta coluna foi escrita para a campanha #ciêncianas eleições, que celebra o Mês da Ciência. Maria Alexandra Cunha é pesquisadora do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas e coordenadora no Brasil do projeto científico Dados à Prova d'Água.

Os deslizamentos de Petrópolis (RJ) são parte de uma enorme coleção de desastres ao longo dos anos. Enchentes em todo o país, afundamento do solo em Maceió, incêndios na boate Kiss em Santa Maria (RS) e no porto de Santos (SP), contaminação química num dos campi da USP, rompimentos de barragem em Florianópolis e em Mariana (MG) e Brumadinho (MG), de proporções inimagináveis.

Publicada nesta quarta-feira, 13 de julho de 2022 - Galvão Bertazzi

Os dados atuam fortemente no gerenciamento de desastres, indo da prevenção e preparação do evento à resposta aos danos e posterior recuperação. Há atores interessados em que eles sejam acessíveis, como a imprensa ou o Ministério Público. Outros estão interessados em usá-los, como os governos e as vítimas. Ainda há os que querem escondê-los, como ocorre em eventos causados por grandes e poderosas empresas, ou no desmatamento da Amazônia.

A geração, a circulação e o uso de dados podem promover transformações rumo à sustentabilidade. O uso e a interpretação deles fornecem evidências para apoiar tomadas de decisões, informam as políticas que sustentam as transformações pretendidas e permitem monitorar e acompanhar o progresso das medidas.

A circulação de dados, ou seja, seu fluxo entre diferentes atores, possibilita o reconhecimento e a coordenação entre esses atores, facilita mudanças nos arranjos de governança e abre novos canais de comunicação.

A criação de dados é um catalisador para a aprendizagem social entre atores, desenvolvimento de consciência crítica e mudança de comportamentos. Em inundações, o engajamento da população na produção de dados pode complementar os modelos de previsão dos governos, além de aumentar o conhecimento sobre o fenômeno e a percepção de risco.

Podemos construir um futuro mais sustentável se refletirmos sobre as práticas de dados. Importa saber a quem interessam os dados, como eles são produzidos, como circulam, como são compartilhados e abertos. Isso vale para desastres, e também para todas as áreas de políticas públicas.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas