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Diretor-presidente do Instituto Akatu, foi secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (1999-2000).

Descrição de chapéu MPME sustentabilidade

Novos empreendimentos já nascem com a sustentabilidade em seu DNA

Consumidores querem empresas que trabalhem ativamente para trazer benefícios para a sociedade

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No último ano, houve uma mudança de intensidade no esforço das grandes empresas na direção da sustentabilidade, buscando formas de colaborar com o combate às alterações climáticas, o atendimento a direitos humanos e a melhoria das condições de educação e saúde.

É mais difícil para elas, no entanto, mudar seus modelos de negócio na direção de atender às funções desempenhadas pelos seus produtos de uma maneira que demande menos recursos naturais.

As grandes empresas têm pouca flexibilidade, seja por conta da rigidez tecnológica, seja para evitar “sucatear” ativos não depreciados —situações que poderiam ser provocadas pela mudança do modelo de negócio.

Nesse sentido, as MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) têm, em geral, grande flexibilidade, processos decisórios rápidos, estruturas produtivas em rede ou simplesmente a possibilidade de iniciar do zero.

É o que acontece com o lançamento de aplicativos ou com as startups, que propõem novas formas de atender às necessidades e desejos do consumidor sem se valer de estruturas pesadas de ativos próprios, mas, sim, da organização de ativos de terceiros para prestar serviços que antes só eram possíveis pela posse do produto.

Com isso, é notável a multiplicação de MPMEs que nascem com a sustentabilidade em seu DNA, em um movimento de reinvenção verde do mercado, em parte catalisado pela pandemia, com a digitalização dos negócios.

Estudos do Instituto Akatu nos últimos 20 anos evidenciam que os consumidores querem empresas que trabalhem ativamente para trazer benefícios para a sociedade.

A Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2020, realizada em parceria por Akatu e GlobeScan, mostra que quase 80% dos brasileiros consideram ser responsabilidade das empresas garantir que suas operações e seus produtos não agridam o meio ambiente, enquanto 70% entendem ser responsabilidade delas reduzir seus impactos nas mudanças climáticas.

Quando perguntados sobre como as empresas podem ajudá-los a viver melhor, quase metade indicou “criando novos produtos, melhores para o meio ambiente e a sociedade”.

Esse entendimento, aliado à expressiva consciência e à adoção de hábitos sustentáveis mais facilmente percebidos na geração Z, é terreno fértil para MPMEs.

Se o consumidor puder escolher entre uma empresa que reduz o desperdício de alimentos e a geração de resíduos, que reduz ou elimina o uso de combustíveis fósseis ou que incentiva a economia circular e outra empresa menos ativa nessas direções, ele certamente irá escolher a primeira.

Esta é a hora do movimento por uma nova economia ganhar força; é urgente adotar estilos de vida mais sustentáveis. Nosso modelo de produção e de consumo demanda 74% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de regenerar em um ano.

Isso precisa mudar, o que é visto por muitas empresas como ameaça. Mas, para as MPMEs, é uma enorme janela de oportunidade que as aproxima de uma criação de valor de maneira sustentável, reduzindo a demanda por recursos naturais e atendendo ao consumidor de maneira inovadora em uma velocidade impossível para grandes empresas. Mãos à obra!

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