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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Medo majestoso

No clássico entre São Paulo e Corinthians, foram 90 minutos e só uma emoção, a do gol tricolor

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Meia dúzia de volantes para começar e terminar o jogo que 43 mil torcedores presentes ao Morumbi não mereciam.

O temor era a palavra de ordem no estádio tricolor.

Como se Diego Aguirre só não quisesse perder, apesar de saber que o São Paulo precisava vencer.

Como se Fábio Carille não quisesse ganhar, confiante de que seu time fará o resultado no jogo de volta, na quarta-feira (28), em Itaquera.

Daí ter acontecido o óbvio: os primeiros 45 minutos foram de doer, mesmo com o mandante ter procurado uma brecha para fazer seu gol.

Fez só nos acréscimos e não porque o tenha construído, mas porque o jovem Mantuan deu um chutão em cima do colombiano Tréllez ainda no campo são-paulino, o centroavante avançou até a área alvinegra e chutou forte para Cássio dar rebote e Nenê aproveitar.

Era até justo, mas pobre, paupérrimo. O segundo tempo aconteceu quase como o primeiro, mas com sinal invertido. Era o Corinthians quem tinha mais a bola e buscava o empate, embora sem ter dado, em nenhum momento, a impressão de que o alcançaria.

Talvez se jogasse mais 48 horas desse no mesmo. A máxima do perdido por um, perdido por dois, não valia para Carille porque tornaria a missão no jogo da volta muito mais complicada do que já está.

Se ao São Paulo faltavam Rodrigo Caio, na seleção brasileira, Cueva, na peruana, além de Edimar, Hudson, Júnior Tavares e Valdívia, ao Corinthians faltavam Fagner, Balbuena, Romero, Rodriguinho e Clayson, estes últimos sacados no aquecimento, e Jadson, machucado.

Mesmo assim, mais coragem não faria mal a ninguém.

Ao torcedor tricolor que só vê resultado resta comemorar, embora com desconfiança porque não será fácil manter a vantagem diante do rival que teima em eliminá-lo neste século mata-mata após mata-mata.

Ao corintiano fica a sensação de que com Pedrinho em campo desde o começo o Majestoso do medo poderia ser diferente.

E ao torcedor do futebol bem jogado a amarga constatação sobre o nível atual do futebol brasileiro.

PALMEIRAS ECONÔMICO

No outro clássico das semifinais do Paulista, o Palmeiras pareceu que faria contra o Santos o que havia feito com o Novorizontino nas quartas. Claro que a qualidade do grande praiano é muito maior que a do pequeno interiorano.

Só que o alviverde não soube liquidar a disputa no Pacaembu santista e deixou a decisão para amanhã (27), opção sempre perigosa quando se trata de um clássico.

Porque na verdade aquilo que pareceu fácil na primeira metade do jogo, quando o Palmeiras fez 1 a 0 com Willian, ficou complicado na segunda e, na verdade, ficou até injusto.

Não fosse pela nova extraordinária atuação do goleiro Jailson, a Muralha Tranquila, e o Santos teria empatado para fazer justiça ao desempenho dos dois times.

Dirão, com razão, a rara leitora e o raro leitor, que Jailson é pago para isso, para defender. O que não esconde o fato de que a defesa do Palmeiras se mostra muito vulnerável apesar de não sofrer gols há sete jogos, num desses paradoxos do futebol.

Os limites santistas são conhecidos, time em formação.

O Palmeiras pode mais e ainda não mostra quanto. 

Na Libertadores pode ser fatal.

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