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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Descrição de chapéu Seleção Brasileira

Neymar dá o ar de sua graça

Ele voltou depois de três meses e novamente foi decisivo para evitar derrota

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Na década de 1990, o futebol da seleção da Colômbia encantava o mundo. Seus jogadores jogavam com tamanha alegria que ganhar parecia secundário.

E foi por causa disso, até pela alta dose de irresponsabilidade que começava no goleiro Higuita, que craques como Valderrama, Rincón e Asprilla não honraram o favoritismo conferido por Pelé na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

Neymar celebra o gol que evitou a derrota brasileira para a Colômbia, na sexta (6) - Rhona Wise/AFP

No ano anterior, pelas eliminatórias, no Monumental de Núñez, eles aplicaram sonora goleada na Argentina, por 5 a 0, para estupor do mundo do futebol. De tanto serem chamados de brincalhões, os colombianos mudaram e passaram a exagerar no jogo viril, muitas vezes violento.

Esqueça de Zuñiga que tirou Neymar da Copa no Brasil. Admitamos que tenha sido um azar. Lembre da pancadaria que foi Brasil e Colômbia na Olimpíada de 2016, na Arena Corinthians.

Ou o amistoso, no Pacaembu, entre as seleções olímpicas dos dois países, 24 horas antes do jogo em Miami, quando os jovens brasileiros venceram bem por 2 a 0, em ótimo primeiro tempo, mas apanharam coisa que sirva durante 90 minutos.

Em Miami foi diferente. Os colombianos jogaram futebol e melhor que os brasileiros durante todo o primeiro tempo, quando foram capazes de virar para 2 a 1 graças, também, a um pênalti inexplicável de Alex Sandro, muito mal na lateral esquerda.

Enquanto a seleção brasileira pouco se movimentou, a colombiana parecia disputar jogo a valer três pontos.

Menos mal que o segundo tempo apresentou total inversão de papéis, com os colombianos recuados e sob pressão constante.

Neymar, mesmo sem ritmo, mais uma vez decidiu: bateu o escanteio do primeiro gol de Casemiro e fez o do 2 a 2, razão pela qual é imprescindível.

Na verdade o 2 a 2 ficou na conta da arbitragem que, sem VAR, deixou de marcar pênalti claro no polêmico craque do PSG, vaiado na Flórida como colheita do que planta, apesar da indiscutível categoria que possui.

Na quarta-feira (11), à meia-noite, teremos a reedição da decisão da Copa América contra o Peru. Precisamos enfrentar os europeus.

S.A.F. violentada

Como se temia aqui, e o repórter Carlos Petrocilo detalhou na sexta-feira (6) nesta Folha, a salvadora ideia da Sociedade Anônima do Futebol está sendo substituída por velhos mecanismos societários que mitigam, mas não resolvem a situação dos clubes brasileiros.

Novamente estão sendo criadas facilidades para os clubes empurrarem suas dívidas com a barriga, como já aconteceu em governos anteriores, seja com os diversos Refis nunca cumpridos, a Timemania ou o Profut, igualmente driblados pela cartolagem.

Imaginar que a simples mudança para o clube empresa represente uma nova era para o futebol brasileiro, ao contrário do que se fez, por exemplo, na Alemanha, ou é ingenuidade ou pura malícia.

O deputado Pedro Paulo (MDB-RJ) poderia entrar para a história como modernizador e ficará apenas como mais um político, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deveria ser mais bem representado no encaminhamento da nova legislação.

Parece invencível a capacidade legislativa em torno da atividade esportiva para marcar gols contra o futebol.

A bola está quicando na área para o Congresso Nacional fazer um golaço, mas a vanguarda do atraso sempre arma sua retranca para salvar a pele dos incompetentes e corruptos. Brasil 1, Alemanha 7.

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