Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
Vamos considerar empates como bons resultados?
Fora o Flamengo, nenhum brasileiro é favorito em seus jogos na Libertadores
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Se levarmos em conta o que aconteceu até aqui nos estaduais, a perspectiva que se abre para os times brasileiros que começam a disputar o torneio continental é sombria, exceção feita, para variar, ao Flamengo.
Pegue, por exemplo, o caso dos clássicos no Paulistinha.
Já foram quatro, todos ruins: Palmeiras 0, São Paulo 0; Corinthians 2, Santos 0; São Paulo 0, Corinthians 0 e, no último sábado (29), Santos 0, Palmeiras 0.
São 360 minutos de clássicos e dois gols.
E tanto Vanderlei Luxemburgo quanto Jesualdo Ferreira consideraram o resultado normal, como se isso fosse novidade, raios!
É claro que é normal, mas foi ruim, muito ruim e alguma coisa melhor já era para ser mostrada porque a mediocridade está mais que aceita no país.
O que esperar do Santos, nesta terça-feira (3), fora de casa, diante do Defensa y Justicia, oitavo colocado no Campeonato Argentino cuja estreia em jogos internacionais aconteceu em 2017, no Morumbi, ao eliminar o São Paulo da Copa Sul-Americana?
E do Palmeiras, na quarta (4), também na Argentina, contra o Tigre, de bengala, desdentado, na segunda divisão?
Vamos considerar empates como bons resultados? Ah, vamos!
Que na quinta (5), o São Paulo considere, vá lá, porque o campeão peruano Binacional, embora desconhecido, joga pertinho do céu, ou do inferno, em Juliaca, a 3.850 m de altitude, provação que desobriga o Tricolor a jogar bom futebol como, diga-se, voltou a apresentar contra a Ponte Preta, na vitória por 2 a 1.
Repita-se que não fossem as arbitragens calamitosas que lhe roubaram sete pontos e o time teria a melhor campanha, com 22 pontos e invicto, em oito jogos.
A verdade é que fora o Flamengo, contra o Junior Barranquilla, mesmo na Colômbia, nenhum brasileiro é favorito em seus jogos, tamanha a justa desconfiança despertada por todos.
Nem o desmontado Athletico que recebe o Peñarol, nem o Inter que recebe a Universidade Católica, nem o Grêmio que visita o América de Cali.
Pessimismo em excesso? Nada! Realismo.
Lembrem-se a rara leitora e o raro leitor que de seis clubes nacionais na Copa Sul-Americana, nada menos que quatro —Atlético Mineiro, Fluminense, Fortaleza e Goiás— caíram na primeira rodada. Apenas Bahia e Vasco, de quem não se pode esperar muito, sobreviveram.
Para não falar da eliminação do Corinthians na Libertadores pelo paraguaio Guaraní, agora adversário do Palmeiras na fase de grupos.
Reds humilhados
Enfim, o Liverpool perdeu na Premier League. Em grande estilo.
Levou de 3 a 0 de um dos lanternas, o Watford, sem dó nem piedade. Típico, aliás, dos grandes times.
O Santos de Pelé vira e mexe tomava uma goleada quando podia.
Dureza será para os Reds o jogo de volta, em casa, dia 11 de março, contra o Atlético de Madrid, pelas oitavas de final da Champions, em desvantagem pela derrota por 1 a 0 na capital espanhola.
Perder tão precocemente a chance de lutar pelo bicampeonato da Liga dos Campeões será duro golpe para o timaço fadado a entrar na história como um dos melhores de todos os tempos, por mais que sua justa prioridade seja vencer o Campeonato Inglês depois de 30 anos.
O Liverpool vinha caindo de rendimento nas últimas rodadas do Inglês e passou 90 minutos sem conseguir dar um chute no alvo contra o Atleti.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters