As modorrentas Eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo que, em regra, têm apenas quatro jogos interessantes para o torcedor brasileiro, os contra a Argentina e os com o Uruguai, continuam nesta quinta-feira (9), no Recife, e com o Peru contra a seleção nacional.

Pois é. O clássico com a Argentina foi para o espaço e é possível que fique para o dia de São Nunca.

Será o 50° Brasil x Peru, o 13º pelas eliminatórias, com 35 vitórias brasileiras, cinco empates e nove derrotas, nenhuma delas em jogo válido para Copas do Mundo, nos quais, no máximo, os peruanos conseguiram empatar quatro vezes e devem perder pela 9ª vez nesta noite na Arena Pernambuco, às 21h30.

Graça alguma no confronto, o Peru em 7º lugar, com apenas oito pontos em oito jogos, e o Brasil devendo uma boa partida não é de hoje, mas naquela situação em que ganhar é bater em bêbado e qualquer outro resultado é crise na certa. Como quase foi, aliás, no último encontro, a pálida vitória na semifinal da Copa América por apenas 1 a 0, gol de Lucas Paquetá, dois meses atrás, no estádio Nilton Santos com gramado impraticável, o que não deve se repetir hoje, depois de 21 dias dedicados à grama. É o mínimo.

Enfim, é triste não haver expectativa, frio na barriga, antes de um jogo da seleção, apenas a vontade de que aconteça logo para que possamos nos concentrar nos jogos entre Palmeiras e Flamengo, e Fortaleza e Atlético Mineiro, no domingo (12), pela primeira rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Não sem antes rezar para que nenhum dos jogadores envolvidos se machuque para não desfalcar seus times, com o atleticano na maior ambiguidade, louco da vida porque Hulk está convocado para ficar no banco em vez de estar se entrosando com Diego Costa na Cidade do Galo. Melhor mesmo que siga na reserva para não correr riscos, se é que a rara leitora e o raro leitor entendem o sentimento do torcedor mineiro.

Porque para o torcedor a seleção deixou de ser uma honra e se transformou num estorvo, culpa de quem a banalizou e a expõe às eliminatórias em dois turnos, 18 jogos, para classificar invariavelmente sempre os mesmos.

É dose para mamute. Ou para avestruz.

​Sempre com democracia
No 7 de setembro em que o presidente da República chamou ministro do STF de canalha, garganteou que não irá cumprir decisões da Justiça, nem resultado de eleição, o Corinthians teve a boa ideia de ressuscitar, em suas redes sociais, a antiga foto do time do Doutor Sócrates, em 1983, com a faixa “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”.

Eram os tempos da Democracia Corinthiana e dos estertores da ditadura brasileira que Jair Bolsonaro quer reviver da hora em que acorda até a de ir dormir, mal, porque insone, com o revólver ao alcance da mão, sabe-se lá com medo do que ou de quem embaixo da cama.

Estranhamente houve reações contrárias de bolsominions nas redes corintianas, bem deles que diziam estar se manifestando pela liberdade no dia da Independência.

Em campo, o Corinthians não ganhou nem perdeu do Juventude, apenas empatou, democraticamente, 1 a 1, em noite de certa frustração, mesmo com a boa estreia de Roger Guedes e da clara demonstração de que há um belo time em construção.

Definitivamente o empate não estava nos planos alvinegros. Menos mal que diante do resultado ninguém tenha xingado o juiz