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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Enfim um domingo com grande jogo para abrir de verdade a temporada nacional

Há talentos em Atlético e Flamengo para a real abertura do ano futebolístico

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Jogos do ano teremos muitos até o fim de 2022, e ainda bem que seja assim.

Antes que alguém reclame, até já tivemos um, mas em Abu Dhabi.

Este Atlético Mineiro e Flamengo para decidir a Supercopa do Brasil é o primeiro no país, com 31 mil ingressos esgotados.

Talvez não seja tão bom como o jogo da temporada passada, entre Flamengo e Palmeiras, até porque dificilmente repetirá a excelência técnica daquele empate em dois gols no Mané Garrincha.

Mas há talentos em quantidade suficiente nas duas equipes para que neste domingo (20), na Arena Pantanal, em Cuiabá, o torcedor possa se deliciar com a verdadeira abertura do ano futebolístico.

Everton Ribeiro encara Nacho em duelo de 2021 - Flamengo/Divulgação

​E o clima nos bastidores está tão quente como os 30° previstos para a capital de Mato Grosso no horário do prélio, 16h, embora, eventualmente, com alguma chuva.

A Gávea sabe exatamente o valor da Supercopa que há dois anos vive em sua sala de troféus, vencida em 2020 contra o Athletico Paranaense e no ano seguinte, nos pênaltis, contra o Palmeiras.

A conquista do bicampeonato acabou por não aliviar a frustração com as perdas da Libertadores, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.

Já o Galo vem no modo galopante depois de 2021 brilhante em que só faltou ganhar a Libertadores, da qual saiu invicto e graças à infelicidade de Hulk ao bater, na trave, a penalidade que daria a vitória na semifinal contra o Palmeiras, na casa verde.

O português Paulo Sousa, do rubro-negro, segue na mira da Nação, órfã de Jorge Jesus, e encontrará certo refresco caso volte com a taça.

O argentino, naturalizado mexicano, Antonio "Turco" Mohamed, do alvinegro, tem a vida mais tranquila apesar de correr o risco de conhecer certa turbulência no voo para Belo Horizonte se regressar sem ela.
Enquanto eles queimam as pestanas para encontrar as melhores soluções neste começo de trabalhos, a cartolagem passa vergonha com discussões sobre favorecimento da CBF para um lado ou outro, algo que poderia estar resolvido de antemão com simples providência: estar no regulamento da competição que o mandante será o clube que venceu o Campeonato Brasileiro.

Alguma vantagem o Galo mereceria ter, só não pode reclamar de que em Cuiabá haverá maioria flamenguista porque, com exceção das cidades mineiras, e mesmo assim sem contar plenamente com Juiz de Fora, em qualquer lugar do Brasil o Atlético será minoria.

Os dois gigantes chegam à decisão depois de passar meio de semana deprimente, com o focinho do futebol brasileiro.

O Flamengo e suas estrelas foram ao estadinho de Conselheiro Galvão, às 15h30, enfrentar o Madureira, pelo Carioquinha, diante de 1.009 testemunhas e renda de 80 mil reais, que não pagam o braço esquerdo do goleiro Diego Alves.

Ganharam de virada por 2 a 1 e tomaram impensável prejuízo por não peitar o estadual que se diz o "mais visto do país", mas que não passa de brincadeira de péssimo gosto.

Na mesma quarta-feira, pelo Campeonato Mineiro, que ao menos não é chamado de Mineirão (mas só para não confundir com o estádio), o Atlético recebeu o quase xará Athletic, de São João Del-Rey, no Mineirão sob aguaceiro.

O 0 a 0 era definitivo quando o assoprador de apito, sem nenhum pudor, inventou um pênalti para Hulk dar a vitória ao clube grande.
Chegará o dia em que o jogador do time grande beneficiado terá vergonha de comemorar gol assim?

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