Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
Abel Ferreira cumpre, como Telê Santana, o papel de botar o dedo nas feridas
Melhor que a atuação palmeirense no dérbi foi a do técnico, mais uma vez, na entrevista pós-jogo
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Depois da ótima partida do Palmeiras feita no primeiro tempo contra o Flamengo, no Maracanã lotado, o time repetiu a dose por 90 minutos e amassou o Corinthians, em Barueri.
Se no Rio não houve gols, no dérbi o 3 a 0 foi pouco.
Melhor que a atuação palmeirense em campo acabou por ser a de Abel Ferreira, mais uma vez, na entrevista pós-jogo.
Difícil saber se um dia o treinador fará seu time atuar como chegou a jogar o São Paulo de Telê Santana, embora nada impeça.
Facílimo afirmar que ele já cumpre, como Telê, o papel de botar o dedo nas feridas do destrambelhado futebol brasileiro, que chamou de insano.
Aquele que é considerado por muitos como o melhor treinador brasileiro em todos os tempos, adoeceu de tanto denunciar as mazelas de nossa cartolagem, desde a bola que era usada no campeonato porque a fábrica pagava por fora quem a contratava, até tudo isso que se diz do calendário, gramados etc.
Abel Ferreira não quer adoecer como Telê, falou em fadiga mental além da física, quase nem se referiu ao atropelamento imposto ao rival, e citou Paulo Autuori como exemplo, o que revela, além de sua coragem, o bom gosto para citar profissionais que lutam há anos em prol de futebol mais humano, racional, e por causa, de melhor qualidade.
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