Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
Rincón encarnou como poucos o sentimento da Fiel
Suava sangue em campo e exigia dos companheiros a mesma abnegação
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Freddy Rincón está morto. Viveu apenas 55 anos.
Jogava de cabeça em pé, parecia um periscópio em busca da melhor jogada.
Suava sangue em campo e exigia dos companheiros a mesma abnegação.
Muitos consideram o trio de meio de campo formado por ele, Vampeta e Ricardinho, campeão mundial de clubes em 2000, como o melhor da centenária história corintiana, embora, como sempre, haja quem conteste porque, por efêmero que tenha sido, Dino Sani e Roberto Rivellino, em meados dos anos 1960, nos tempos do 4-2-4, também jogaram o fino da bola.
Freddy Rincón era rabugento, exigente, perfeccionista e sanguíneo. Bravo nos dois sentidos.
Não levava desaforos para casa e resolvia suas paradas nos gramados, nos vestiários ou no quarto do hotel onde estivesse concentrado.
Ídolo na Colômbia, Imperador de Ébano, teve passagens por inúmeros clubes pelo mundo afora, até no maior de todos ao vestir a camisa merengue do Real Madrid, mas foi mesmo no Todo Poderoso Timão que se eternizou com a gargalhada digna de uma estátua ao levantar o troféu do primeiro Mundial da Fifa.
Em tempos de banalização da morte, não será exagero dizer que Freddy Rincón está para o Corinthians assim como Kobe Bryant está para o Los Angeles Lakers.
Uma lástima que tenham ido embora tão cedo.
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