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Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

Pandemia e distanciamento social

Prevenção é a arma contra a Covid-19, mas nem todos conseguem praticar distanciamento

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O aumento de portadores da Covid-19 internados nas UTIs dos hospitais mostra a persistente transmissão do coronavírus em nosso meio.

Enquanto não é desencadeada a necessária campanha para aplicação da vacina preventiva contra a virose, continua importante o distanciamento social para reduzir a circulação do vírus e a velocidade de sua transmissão entre as pessoas.

Essa é a forma atual para evitar que os atendimentos aos doentes não entrem em colapso decorrente de uma demanda maior que a oferta de leitos de UTI.

Entretanto, existem fatores limitantes dessa estratégia.

Na revista Ciência & Saúde Coletiva, Márcio dos Santos Natividade e colaboradores da Universidade Federal da Bahia analisam a evolução do distanciamento social e sua relação com as condições de vida da população de Salvador, Bahia. As conclusões podem igualmente ser extrapoladas para as populações das áreas da periferia das principais cidades brasileiras.

O estudo mostra um quadro de grandes desigualdades sociais e concentração de renda. As camadas de alta e média renda estão na área central de Salvador enquanto grupos de menor renda ficam aglomerados em áreas da periferia da cidade, com baixa adesão ao distanciamento social.

Como não existe tratamento para a Covid-19 e a vacina ainda não está disponível, as comunidades formadas por famílias que vivem em um único cômodo doméstico se tornam vulneráveis pela impossibilidade de adesão ao distanciamento social.

Observam ainda os pesquisadores que sem o distanciamento social significativo a progressão exponencial da epidemia poderá se tornar inexorável e os serviços de saúde entrarão em colapso.

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