Secretária-assistente de Redação, foi editora do Núcleo de Cidades, correspondente em Nova York, Genebra e Washington e editora de Mundo.
Com Toni Collette em fuga, o suspense 'Ninguém Pode Saber' tropeça em clichês
É a típica história da pessoa de meia-idade insuspeita que guarda um passado obscuro
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Não tenha grande expectativa com "Ninguém Pode Saber", suspense protagonizado por Toni Collette que entrou no ar na Netflix neste mês. É a típica história da pessoa de meia-idade insuspeita que vive em uma cidadezinha no meio do nada e guarda um passado obscuro.
Isso não significa que seus oito episódios não sejam entretenimento decente, capaz de abstrair o espectador da desgraceira geral do mundo.
Collette, cuja carreira é dedicada sobretudo a filmes cult como "O Casamento de Muriel" e "O Sexto Sentido" e mais recentemente estrelou o blockbuster de horror "Hereditário", é Laura, uma fonoaudióloga que vive com a filha adulta, Andy (Bella Heathcoke), em um lugarejo na Geórgia, sul dos Estados Unidos.
Tudo vai bem até que um dia um sujeito entra atirando no café onde mãe e filha almoçam, mata quatro e se volta para Andy, que trabalha na polícia. A até então impassível Laura negocia, ataca e mata o sujeito com uma destreza de agente secreto, vira estrela do noticiário e é descoberta pelas pessoas de quem ela se esconde há anos.
A partir daí, a vida das duas colapsa entre mentiras, perseguições e um bocado de bobagens da filha (para quem assistiu "24 Horas", Andy é nível Kim Bauer).
O passado de Laura é intrigante o suficiente para manter o espectador intrigado, mas a cadeia de erros de Andy é inverossímil ao ponto de causar irritação. E, ao contrário de Collette, a também australiana Heathcote tem talento limitado.
Disponível na Netflix
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