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Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

Sem 5G, acesso à banda larga continuará meia-boca

É inaceitável que avanço tecnológico seja barrado pela ineficiência dos reguladores

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Nas viagens de final de ano e férias, voltamos a perceber como o acesso à Internet é ruim no Brasil, excetuando-se os grandes centros —às vezes, também nas maiores cidades! O serviço de banda larga oscila, mesmo quando é feito por fibra óptica. Como a agência reguladora (Anatel) está dividida sobre critérios para o leilão da tecnologia 5G, continuaremos este ano sem a quinta geração.

É inaceitável que um avanço tecnológico como este seja barrado pela burocracia e ineficiência dos reguladores. Por que empurrar as discussões até dezembro de 2019, e depois adiar a decisão? Não sabiam há muito tempo que o 5G estava chegando?

Costumo criticar as agências reguladoras e, às vezes, pode parecer implicância ou excessivo rigor. Fica claro que não é. Há, ao menos, uma esperança para o consumidor: a visão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de que a Anatel não pode definir o leilão somente sob o aspecto da arrecadação. O CADE defende que também seja priorizada a competitividade do setor.

É interessante que se fale tanto em livre mercado, em economia mais produtiva e eficiente, e que não se entenda a importância de contar com os mais avançados instrumentos que a tecnologia nos oferece.

Nos Estados Unidos, país tão admirado pelo atual governo federal, o número de conexões a redes 5G deverá chegar a 12% dos smartphones ainda este ano. Uma vantagem competitiva muito grande para aquele país.

E nós, como ficaremos? Pode ser que somente tenhamos 5G em 2021 ou depois. Lastimável que seja assim: que sentem em cima desta mudança por não se entender.

Quando estiver fora de São Paulo e das maiores cidades brasileiras, portanto, paciência e persistência. O acesso à banda larga vai continuar lento por mais um tempo. Talvez, por um longo tempo.

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