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Reoneração de combustíveis torna urgente orçamento para o carro

IPVA, seguro, estacionamento, multas e idas a oficina devem entrar na conta

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A volta da taxação dos combustíveis era uma questão de tempo. Apesar de o impostômetro, painel eletrônico da Associação Comercial de São Paulo, já ter superado os R$ 500 bilhões ainda em fevereiro, as contas dos governos nunca fecham no Brasil e a saída mais fácil é tributar os cidadãos.

Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo em abril de 2017 - Dário Oliveira - 12.abr.17/Folhapress

Como os preços dos combustíveis têm impacto direto na inflação e no humor da classe média, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em 3,9%, para compensar a volta da tributação.

Mesmo com o anúncio de uma medida que ameniza o peso da outra, o consumidor terá, sem dúvida, de fazer um orçamento somente para seu carro. Afinal, pode ser que mais adiante os preços dos combustíveis voltem a subir em razão do mercado internacional ou de outro parâmetro.

Desse orçamento devem constar não somente o custo mensal das idas aos postos de abastecimento mas IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores); seguro do carro; pit stop na oficina (para consertos em geral, troca de óleo, filtros, aditivos etc.) e no martelinho para eliminar riscos e amassados; gastos no posto lava a jato (local para lavar o veículo, não a operação policial), pedágios e estacionamento. Sem contar as multas, que não são tão raras assim.

Frentista abastece carro em Garanhuns (PE) - Luara Olívia - 5.set.22/Folhapress

Como conseguir um reajuste salarial está tão fácil quanto emagrecer 10 quilos em um mês, teremos de ser ainda mais rigorosos com o orçamento doméstico. Quem puder, deixe o carro na garagem e se desloque de bicicleta, transporte coletivo ou aplicativo. Outra opção seria fazer uso coletivo do veículo. Ou seja, dar carona para colegas e vizinhos e dividir o custo da viagem.

Motoristas que usam muito pouco o carro, porque trabalham em home office e não costumam viajar, talvez concluam que não vale a pena o custo desse bem.

Se o objetivo do governo fosse proteger o meio ambiente, poderia manter a isenção tributária para biocombustíveis e facilitar a aquisição do carro movido a eletricidade. Outras medidas seriam ampliar o investimento em ferrovias e metrôs. E, como já escrevi neste espaço, voltar a promover o transporte hidroviário para passageiros em todo o país.

O mais urgente, contudo, é melhorar o transporte coletivo e fazer mais e melhores ciclovias, para que o carro seja mais opção do que necessidade.

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