Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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Como evitar o golpe dos aditivos no posto de gasolina

Mecânico ou frentista de confiança pode fazer a diferença na conta, ainda que esta seja inevitavelmente dolorosa

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Um mecânico ou frentista de confiança pode fazer a diferença na conta do posto de combustíveis, ainda que esta seja inevitavelmente dolorosa, devido aos preços estratosféricos da gasolina, do álcool e do diesel. Esse profissional confiável não nos empurrará óleo de motor nem aditivos desnecessários. Muito menos se aproveitará do desconhecimento do consumidor para multiplicar o valor do abastecimento.

No Rio Grande do Sul, a Decon (Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor) está investigando um posto por cobrar serviços não solicitados pelo cliente. Um aposentado, que pretendia colocar R$ 50 de gasolina no tanque do veículo, teve de arcar com R$ 1.300 em despesas.

Ele foi alertado sobre problema no óleo do motor. Depois da troca, havia duas notas, uma delas de R$ 1.000 em aditivos que não pediu. Embora isso tenha ocorrido na região da Grande Porto Alegre, não se trata de um golpe regional.

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Fila em posto na marginal Tietê, em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

A sugestão é abastecer, sempre que possível, em um mesmo local, no qual não haja registro de fraudes contra os clientes —e com preços competitivos, obviamente. O ideal é fazer as trocas de óleo e de outros itens —como sistema de arrefecimento, filtro de ar, filtro de combustível, fluido de freio— na mesma oficina, que terá de ser muito bem recomendada.

Não se trata de generalizar nem de atacar uma categoria profissional tão correta quanto as demais. Mas sim de evitar riscos desnecessários, pois a maioria de nós não conhece mecânica automotiva para garantir, por exemplo, que seja necessário ou não trocar o óleo do motor.

Quando este serviço for realizado, o posto ou oficina terá de fornecer um adesivo com a quilometragem da troca atual e da indicada para a próxima.

Por que há estes casos de má-fé contra o consumidor? Pode ser orientação de superiores hierárquicos ou metas de vendas. Além disso, há atendentes que ganham comissões dos fabricantes de aditivos e lubrificantes.

Não há nada de errado, em princípio, em comissionar vendas. Mas essa prática não pode gerar uma pressão, muito menos um golpe contra pessoas, aproveitando o desconhecimento delas sobre mecânica automotiva.

Outra dica: consulte a concessionária da marca do seu veículo para se informar em que partes do carro há que colocar aditivo, e com que frequência isso deve ser feito.

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