Siga a folha

Coluna editada por Maurício Meireles, repórter da Ilustrada.

Editoras prendem a respiração com novo coronavírus

Mercado prevê retração pior do que a causada pela crise das maiores redes de livrarias do país

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Com a pandemia do novo coronavírus e o fechamento do varejo, o mercado editorial prevê uma retração muito pior do que aquela causada com a crise das duas maiores redes de livrarias do país, a Cultura e a Saraiva, que estão em processo de recuperação judicial.

O editor Marcos Pereira, diretor da Sextante e presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, prevê que o mercado terá uma redução de 70% das suas receitas.

A coluna apurou que livrarias pequenas e grandes, como a Saraiva, já começaram a adiar pagamentos previstos para este mês. Apenas Amazon e Cultura, por enquanto, continuam com pagamentos normais.

A Companhia das Letras, por exemplo, saiu na frente e vai oferecer às livrarias que queiram fazer vendas online a logística da editora --as entregas serão feitas pelos correios ou outros meios, com frete pago pela própria Companhia. A medida pode ajudar sobretudo livrarias menores, que não costumam ter vendas pela internet.

A Sextante já começou conversas com livrarias como a Travessa para ver se elas podem criar uma estrutura de entrega de títulos em casa.

Ilustração do livro 'Radioativos', biografia da cientista Marie Curie e seu marido, Pierre, escrito por Lauren Redniss, que a Companhia das Letras previa para maio - Divulgação

PANDEMIA A Sextante, aliás, suspendeu seus próximos lançamentos por tempo indeterminado, além de ter posto os seus funcionários para trabalhar de casa. A editora já trabalha com a expectativa de ficar 120 dias sem novos lançamentos.

PANDEMIA 2 A Record também suspendeu os lançamentos. A casa já enfrenta problemas como livros que haviam sido enviados para transportadoras e agora não podem ser entregues. Por enquanto, a Planeta deve ser uma das únicas que não suspenderá todos os títulos --mas a editora espanhola com operação no país só terá um plano detalhado no dia 25.

PANDEMIA 3 A LeYa, que tinha no prelo um livro de Ciro Gomes e outro no qual Lobão faz um mea culpa por sua adesão ao bolsonarismo, optou por ir pelo mesmo caminho. Tudo está suspenso por tempo indeterminado.

PANDEMIA 4 Além de campanhas tocadas por departamentos de marketing, o momento é de buscar paliativos. Com as livrarias renegociando pagamentos, as editoras começam a fazer o mesmo com gráficas. As pequenas também buscam saídas. A Âyiné inicia uma campanha de ajuda às pequenas livrarias --do que for comercializado na venda direta de seu site, 35% irão para uma livraria independente.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas