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PSOL protocola criação de comissão externa para investigar mortes em Paraisópolis

Ação é motivada por fala de Doria em defesa das políticas de repressão aos pancadões

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A bancada do PSOL protocolou nesta terça-feira (3) requerimento solicitando, na Câmara dos Deputados, a criação de comissão externa para acompanhar as investigações em torno da ação da Polícia Militar no bairro de Paraisópolis, em São Paulo, no último domingo (1º). Nove pessoas foram mortas e sete ficaram feridas.

O documento afirma que a operação policial não seguiu protocolos de abordagem em locais com multidões e cita a declaração do governador João Doria (PSDB-SP) de que as políticas de repressão aos pancadões não vão mudar no estado

“Não se pode aceitar, em hipótese alguma, que tais afirmações sejam feitas antes da conclusão e apuração dos fatos ocorridos, um dos motivos pelo qual consideramos fundamental a constituição de comissão externa”, diz o requerimento. ​

Segundo regimento da Câmara dos Deputados, a comissão externa pode ser aprovada por ofício e instituída pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), com custos a cargo dos mandatos dos deputados, ou ser votada em plenário —nesse caso, com ônus financeiro para a Casa.

Se aprovada a criação da comissão, os membros serão designados por Maia.

Assinado por 10 deputados do partido, o texto afirma que o episódio não se trata de uma tragédia isolada —em novembro de 2018, ação da PM em um baile funk na cidade de Guarulhos registrou três pessoas mortas por pisoteamento.

“Não podemos permitir que perseguições sofridas por ritmos e manifestações surgidas dentro da comunidade negra, como o samba, a capoeira e o rap voltem a ocorrer no país", afirma o ofício. "Assim como o funk, existem outras manifestações culturais que foram perseguidas por serem ligadas a negros, pobres e moradores das nossas periferias.”

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