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Alvim reverte indicação para Casa de Rui Barbosa de servidor que criticou Bolsonaro

Secretário de Cultura manifestou 'absoluto desprezo' por 'ideias execráveis' de Christian Lynch

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​O secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, reverteu a indicação do cientista político Christian Lynch para um cargo de chefia da Fundação Casa de Rui Barbosa por conta de críticas que Lynch fez ao governo Jair Bolsonaro.

O secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim - Bruno Santos/Folhapress

A indicação tinha sido divulgada na quarta-feira (15) no perfil oficial do Twitter de Letícia Dornelles, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, acompanhada de uma foto dela com o cientista político —a publicação posteriormente foi apagada. À coluna, Alvim afirmou que chamou a atenção de Letícia para as "coisas que ele pensa sobre o governo". "Ela não sabia. Cancelou a indicação de comum acordo comigo", diz Alvim.

O recuo da nomeação foi anunciado pelo secretário por uma rede social. "Christian E. C. Lynch é servidor concursado da @casaruibarbosa desde 2014, o que me impede de dispensá-lo, mas não me impede de manifestar meu absoluto desprezo por suas ideias execráveis sobre @jairbolsonaro. Já tornei sem efeito sua nomeação para o cargo de confiança na FCRB", escreveu. 

Alvim afirma que tomou essa decisão depois de ler um artigo publicado por Lynch em agosto de 2019, no jornal Sul 21, no qual ele tenta descrever a teoria de ação adotada por Bolsonaro nos seus primeiros oito meses na presidência. 

No artigo, Lynch, que é especialista em história do pensamento político brasileiro e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), afirma que Bolsonaro "veio com um ânimo decidido para fincar raízes na política e na sociedade brasileira, explorando o que ela herdou de pior da colonização: o autoritarismo, o gosto pela hierarquia mantida pela violência, a exploração predatória da natureza, a boçalidade intelectual, o sadismo a respeito dos mais fracos etc."

"Li o artigo. É completamente falacioso. As ideias dele sobre o presidente são execráveis, mentirosas e manipuladoras. E, portanto, ele não pode compor com o nosso governo como parte da equipe de confiança", disse Alvim. 

Em mensagem enviada à coluna, Lynch afirmou que sua nomeação não sairá "por ter, aos olhos do secretário, cometido um crime de opinião".

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