Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Nota de general Heleno revela desespero, diz ministro do STF
Militar disse que apreensão de celular de Jair Bolsonaro teria "consequências imprevisíveis" para a estabilidade do país
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A nota do general Augusto Heleno afirmando que eventual apreensão do telefone celular de Jair Bolsonaro teria "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional" foi interpretada como sinal de desespero por um dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Heleno reagiu à determinação do ministro Celso de Mello de enviar à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedido para que o aparelho telefônico de Bolsonaro e do filho dele, Carlos Bolsonaro, sejam apreendidos no âmbito das investigações das denúncias feitas por Sergio Moro contra o presidente.
O ex-ministro acusa Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal. A notícia-crime contra Bolsonaro foi apresentada pelos partidos PDT, PSB e PV em abril. Eles solicitaram também perícias nos celulares de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da Polícia federal exonerado por Bolsonaro; de Moro e da deputada federal Carla Zambelli.
Para o magistrado ouvido pela coluna, o governo está desestabilizado com a possibilidade de Celso de Mello divulgar na íntegra o vídeo da reunião em que Bolsonaro teria ameaçado demitir Sergio Moro porque ele resistia a demitir Valeixo da direção da PF.
O conteúdo seria constrangedor para o governo e poderia agravar a situação de Bolsonaro.
Desde que Moro saiu atirando do governo, outras denúncias surgiram, envolvendo também o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente.
Em entrevista à Folha, o empresário Paulo Marinho acusou o parlamentar, de quem é suplente, de relatar a ele que recebeu informação privilegiada da PF sobre investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor da família Bolsonaro.
De acordo com Marinho, o filho do presidente afirmou que um delegado da PF vazou as informações para que a família pudesse se prevenir. Queiroz e a filha dele, Nathália, foram demitidos dos cargos de assessores parlamentares de Flávio e de Jair Bolsonaro, que ocupavam à época.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters